Nascimento e sacrifício: uma reflexão natalina

Um ser humano só sabe o tamanho que tem quando é capaz de amar a si mesmo sem precisar de nenhum motivo para isso. Só sabe o tamanho que tem, quando é capaz de encontrar, no próprio peito, o significado indizível que buscava fora de si.

Um ser humano é muito mais do que o seu talento, é muito mais do que o seu trabalho, muito mais do que os outros veem nele e muito mais do que ele vê, de si mesmo, no olhar dos outros. Independentemente de quem sejam os outros: filhos, pais, cônjuges...

Um ser humano é muito mais do que qualquer sucesso social. O confete e o elogio viciam e inebriam quando o homem não é capaz de saber que sua riqueza não se mede em cifras, nem em fama, nem mesmo num ambiente “bacana”. 

Um ser humano só sabe o tamanho que tem quando é capaz de amar a si mesmo sem precisar de nenhum motivo para isso. Só sabe o tamanho que tem, quando é capaz de encontrar, no próprio peito, o significado indizível que buscava fora de si.

Um ser humano só é capaz de se sacrificar pelo outro, de se doar ao próximo, como fez Cristo, quando descobre que o brilho precioso de todas as estrelas do universo vive em sua pupila, pulsa em seu coração, circula em suas veias e busca desabrochar em sua consciência todos os dias.

Um ser humano só é capaz de se sacrificar pelos outros, como Cristo fez, quando se reconhece e não quando é reconhecido. Afinal, antes mesmo de “nascer”, o sacrifício de Cristo já estava “escrito”.

Feliz Natal!