Negócio da China, Só na China!

A maioria de nós tem o grande sonho de montar o próprio negócio, ganhar muito dinheiro, não ter mais chefe enchendo a paciência e viver feliz para sempre. Quanto a isso, não há nenhum problema, é um sonho mais que digno e deve ser perseguido, mas do modo correto. O mal está na ansiedade de realizar o sonho, lançando-se de forma precipitada e desestruturada no hostil mundo dos negócios. De fato, a maioria das pessoas quando empreende tende a superestimar os resultados do seu novo negócio e minimizar os riscos, acreditando estar prestes a realizar um verdadeiro negócio da China.

Os negócios da China existem, mas a maioria está na China. Negócios furados existem, e eles estão em todos os lugares.

Em uma economia estável, aberta e bem abastecida de produtos e serviços, fica cada vez mais difícil encontrar oportunidades que tragam ganhos enormes com poucos riscos. Uma das principais leis da economia é a lei da oferta e da procura. Segundo ela, se existe uma procura por produtos maior que a oferta, o preço tende a subir, pois há muita gente querendo comprar e pouco produto para vender e vice-versa. É natural que com o tempo o mercado encontre seu ponto de equilíbrio, de tal sorte que o preço cobrado por um determinado produto seja justo para ambas as partes, vendedor e comprador. 

A origem do termo “negócio da China” tem algumas versões, mas todas querem dizer que um determinado negócio foi extremamente vantajoso para uma das partes. A versão de que mais gosto e cabe perfeitamente nesse contexto remonta aos séculos XVII e XVIII, época em que a China estava muito mais avançada que o Ocidente na fabricação de produtos exóticos, tais como: seda, perfumes, porcelanas, especiarias entre tantos outros, atraindo o interesse de vários comerciantes que poderiam ter grandes lucros, uma vez que na Europa era escassa a oferta destes e, cada vez mais, a nobreza e as classes mais ricas os queriam. Realmente naquela época os comerciantes que se aventuraram ganharam muito dinheiro, pois podiam cobrar praticamente o que queriam, dado que quase não havia concorrência, mas, por outro lado, percebam que os riscos envolvidos na aquisição e no transporte daquelas mercadorias também eram bastante elevados. Risco e retorno estão umbilicalmente ligados, desde as mais remotas épocas. Quanto maior o risco, obrigatoriamente maior tem que ser o retorno esperado.

Voltando ao mundo globalizado de hoje em dia, é fácil perceber que não existem mais negócios da China, salvo se você descobrir e ofertar algo que até o momento ninguém o fez - os famosos negócios disruptivos.

Mas isso deixa para falarmos outro dia.

Maria Viana II

Representante de desenvolvimento de vendas na Novatics

2 a

Marcos, obrigada por compartilhar!

O dom do Perillo: ser simples mas ao mesmo tempo profundo! Ótimo artigo. 

Marco Antônio de Souza Azambuja

Gerente de Vendas WEG Transmissão e Distribuição

3 a

Gostei Perillo....simples e direto...

Giuliano Galli Santana (Giu)

Executivo de Abertura de Canais at Betha Sistemas | Desenvolvimento Comercial

3 a

Perfeita análise Marcos Perillo

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