Nem ontem, nem amanhã: o presente é um presente.
Eu gosto de conversar e de ouvir conversas. Apuro o ouvido para diálogos triviais: no caixa do supermercado, no alongamento no parque, na academia. Pedacinhos de história que encapsulam um trecho de vida. A audição é involuntária e eu aproveito.
Tenho ouvido tanta gente dizer “bons tempos aqueles em que….” ou “a gente espera que no ano que vem…” que passei a prestar ainda mais atenção nas pessoas e descobrir porque é no futuro ou no passado que mora(va) a felicidade. Se hoje é o futuro que chegou, não era para as pessoas estarem mais felizes?
Não. O ontem e o amanhã sempre serão melhores e mais doces do que o hoje. Hoje é a secura da realidade, a aspereza da vida como ela é. O saudosismo dos dias que se foram e a ansiedade de apressar o tempo para espiar o futuro esvaziam a plenitude do único momento que temos para ser feliz: hoje.
Chavão, frase feita, seção de autoajuda das livrarias? Pode ser. Mas a banalização desse pensamento não tira seu brilho. Hoje é quando eu posso agir, quando escolho o que me faz bem, quando decido afastar o que não me serve mais. Hoje é quando eu agradeço (e me perdoo também) pelas atitudes que tomei no passado. Hoje é quando eu agradeço às pessoas que me ensinaram — pelo amor ou pela dor — lições para meu crescimento. Hoje, eu me reverencio pelas minhas escolhas e gosto mais de mim do que já gostei. E, principalmente e acima de tudo, hoje é insubstituível. Ontem, já passou. Amanhã é outro dia.
Sócia Diretora de Criação na A+FCVA Comunicação Integrada
8 aConcordo com você. Enquanto vivemos outros tempos (os que já foram e os que nem ao certo sabemos se virão), o momento atual passa despercebido. E nada é mais importante que vivermos plenamente cada instante. Adorei seu texto.
Mestra em Administração pela PUC SP. Professora em Disciplinas de Marketing na Universidade Anhembi Morumbi e FMU. Professor de Marketing l Pesquisa de Marketing l Gestão Comercial l Liderança e Motivação de Equipes
8 aLindo texto!