Ninguém quer a vida como ela é
Ninguém quer a vida como ela é, até mesmo porque, deixar como está é sinônimo de letargia, mas, pensando sinceramente, o que se dá pra fazer para que mudanças sejam efetuadas em nossa vida a curto e médio prazo?
Quanto?
Pouco, quase nada, esta é uma resposta honesta que deveríamos dar a nós mesmos. Existem problemas solucionáveis e outros nem tanto, existem soluções problemáticas e outras nem tanto.
A vida, parece ser, não um espetáculo a parte, mas um desenvolvimento diário e dolorido daquilo que respiramos em nosso dia a dia, mas principalmente o que enxergamos no nosso passado, recente e remoto.
Precisa mesmo ser assim?
Não dá pra simplesmente esquecer de tudo que já se viveu e nem dá pra resolver todas as “paradas” que aparecem pra gente, mas dá pra respirar, fundo, e mergulhar, não no problema em si somente, mas principalmente na companhia daqueles que estão perto e que te amam.
Viver a vida com quem se ama é bom demais, mas é também dolorido ver que todo dia tem que se aparar pontas, arestas e sentar para longos pensamentos a respeito de si e do outro.
Receita?
A única receita que dá pra tirar da vida é justamente uma dica sem receita: viva e ame, não se deixe enganar, porque às vezes o “melhor não está por vir”, quase sempre porém, o melhor está acontecendo e se perdermos isso por causa do medo, das variáveis, perderemos o melhor da vida.
Jesus, além de tudo, sempre é muito sábio nas palavras e diz que devemos viver um dia de cada vez e acima de tudo não ficarmos ansiosos com o dia que virá, pois cada dia tem sua própria dose de vida para ser absorvida.
Eu só aprendo hoje, não aprendo “ontem” e nem aprendo “amanhã”. Só o hoje é vida. O ontem é a vida que vivemos no “hoje” do passado e que nos traz toda a carga que levamos, carregamos, ressentimos, repetimos e assim vamos. O amanhã … bem, o amanhã veremos como ele se forma, se formata, aparece a partir do nosso hoje de "hoje".
Eu me vejo, às vezes, pensando na vida como ela é. Mudei muito desde que comecei a pensar e sei que mudarei muito mais ainda. Metamorfoses. Estas mudanças, porém, não são burras, mas são fruto de vivência, são espasmos de vida.
Que tal a vida como ela é? Aprender a curtir os momentos de hoje pode ser o que de melhor há. Como minha esposa sempre diz: "nossas conversas à mesa (com nossas filhas) superam qualquer coisa que façamos. São divertidas demais e nos marcarão (e a elas também) para sempre".
Gedeon J Lidório Jr