Nome Social: direitos, inclusão em documentos e impacto no trabalho

Nome Social: direitos, inclusão em documentos e impacto no trabalho

O nome social é mais do que um detalhe burocrático, é uma ferramenta essencial para garantir respeito e dignidade a pessoas trans e travestis. Afinal, ele permite que essas pessoas sejam tratadas de acordo com sua identidade de gênero, evitando constrangimentos e fortalecendo sua autoestima.

Apesar dos avanços na legislação brasileira, muitas empresas e indivíduos ainda têm dúvidas sobre o assunto, como utilizar o nome corretamente e quais são os benefícios de adotar essa prática.

Por conta disso, preparamos este conteúdo para responder a essas questões, explicar como incluir o nome social em documentos oficiais e mostrar o impacto dessa inclusão no ambiente de trabalho. Confira!

O que é nome social?

O nome social é aquele pelo qual uma pessoa transgênero, transexual ou travesti prefere ser chamada, ou seja, como ela é socialmente conhecida. Sendo assim, ela reflete sua identidade de gênero, substituindo o nome civil, que muitas vezes não condiz com sua realidade.

Já a identidade de gênero é a forma como a pessoa se relaciona com as representações de masculinidade e feminilidade, e como isso se traduz na sua prática social.

Dessa forma, considera-se esse nome um direito que visa combater a discriminação e o preconceito, promovendo respeito em interações sociais e profissionais.

Diferença entre nome civil e nome social

Enquanto o nome civil é registrado ao nascimento e consta em documentos oficiais, o nome social é aquele que representa a identidade de gênero da pessoa. Por exemplo, alguém designado como João ao nascer, pode adotar Maria, se este estiver alinhado com sua identidade de gênero.

O reconhecimento do nome social é fundamental para evitar situações de desconforto, preconceito e exclusão em ambientes formais, como empresas, escolas e instituições de saúde.

Histórico e regulamentações importantes

O Brasil deu um passo significativo com o Decreto nº 8.727/2016, que regulamenta o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero no âmbito da administração pública federal, direta, autárquica e fundacional. Desde então, diversas iniciativas em estados e municípios têm ampliado o acesso a esse direito.

Além disso, em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que pessoas trans podem alterar seu nome e gênero no registro civil, mesmo sem a realização de cirurgia de redesignação sexual. Esses marcos reforçam a importância de respeitar o nome social em todos os contextos.

Como solicitar o uso do nome social em documentos oficiais?

A inclusão em documentos oficiais é um direito garantido. A seguir, veja como fazer essa solicitação em diferentes tipos de registros.

Inclusão do nome social no CPF

O CPF é um dos documentos mais utilizados no Brasil, e incluir o nome social nele é simples e pode ser feito de forma online. Siga o passo a passo:

  • acesse o site gov.br;
  • faça login com sua conta ou crie uma, caso ainda não tenha;
  • no menu, selecione a opção de atualização cadastral;
  • preencha o campo destinado ao nome e revise as informações;
  • finalize a solicitação e acompanhe o status pelo portal.

Essa atualização assegura o respeito do nome em situações como abertura de contas bancárias e emissão de documentos fiscais.

Nome social na Carteira de Trabalho Digital

A inclusão na Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital) é essencial para garantir o tratamento adequado da pessoa colaboradora no ambiente corporativo. Faz-se o processo diretamente pelo aplicativo da CTPS:

  • baixe ou acesse o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital;
  • no menu de configurações, selecione “Dados Pessoais”;
  • adicione o nome no campo correspondente e salve as alterações.

Nome social em instituições educacionais

No ambiente educacional, o respeito ao nome é fundamental para evitar constrangimentos e promover a diversidade e inclusão.

Sendo assim, instituições de ensino devem ajustar seus sistemas de matrícula, registros e certificados para permitir o uso do nome social, garantindo o tratamento adequado aos estudantes trans e travestis.

Direitos e proteções legais para o uso do nome social

Seu uso no Brasil é respaldado por legislações e decisões judiciais, que visam proteger pessoas trans e travestis de discriminação e garantir sua dignidade.

O que diz a legislação brasileira?

Conforme mencionamos, o Decreto nº 8.727/2016 estabelece que órgãos e entidades da administração pública federal devem adotar o nome social em documentos e interações. Além disso, outras normas estaduais e municipais reforçam esse direito em áreas como saúde e educação.

Empresas também têm a obrigação de respeitá-lo em ambientes de trabalho. O descumprimento dessa prática pode resultar em ações legais, com base na Lei nº 9.029/1995, que proíbe discriminação no emprego.

Implicações legais para empresas

Organizações que se recusam a adotar o nome social estão sujeitas a penalidades, incluindo processos por danos morais e multas.

Afinal, pode-se considerar prática discriminatória este desrespeito, prejudicando a reputação da empresa e afetando seu ambiente organizacional.

A importância do nome social no ambiente de trabalho

Adotá-lo no ambiente de trabalho é mais do que uma questão de conformidade legal; é um gesto de respeito e inclusão que traz benefícios diretos para a empresa e as pessoas colaboradoras.

Inclusão e diversidade no trabalho

Empresas que promovem a diversidade e respeitam a identidade das pessoas colaboradoras constroem uma cultura organizacional mais saudável e inovadora.

  • Aumenta o engajamento: pessoas colaboradoras que se sentem respeitadas tendem a ser mais produtivas e comprometidas.
  • Reduz o turnover: ambientes inclusivos favorecem a retenção de talentos.
  • Fortalece a reputação da empresa: consumidores e investidores valorizam cada vez mais o respeito à diversidade.

Dicas para empresas adotarem o nome social

Implementar seu uso nas empresas é uma ação simples, mas com impacto profundo. Confira algumas sugestões:

  • Políticas internas: crie manuais e orientações que reforcem o respeito à diversidade.
  • Treinamento de equipes: ofereça workshops sobre inclusão e respeito à identidade de gênero.
  • Atualização de sistemas: certifique-se de que plataformas internas permitem o uso do nome em e-mails, crachás e contratos.
  • Canal de apoio: disponibilize um espaço onde as pessoas colaboradoras possam relatar questões relacionadas ao uso do nome social.

O nome social não é apenas uma formalidade; ele representa um passo concreto em direção a uma sociedade mais justa e igualitária.

Sendo assim, sua adoção no ambiente de trabalho demonstra o compromisso da empresa com a inclusão e o respeito, resultando em benefícios tanto para as pessoas colaboradoras quanto para a organização.


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Andrey da Silva Pequeno

Auxiliar Administrativo na Prefeitura Municipal de Miguel Pereira | Curso Técnico Integrado em RH

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Fácil de entender, mas bem completo.

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Embora seja uma pauta legítima de políticas públicas conquistada pela comunidade LGBTQIA+, o nome social é um direito de todas as pessoas, independente de gênero e orientação sexual | Fonte: https://www.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=pagina_visualizar&id_pagina=2207#:~:text=É%20a%20forma%20pela%20qual,direito%20de%20todas%20as%20pessoas.

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