A nossa educação à distância
Você já curtiu obras de arte planejadas para comporem o cenário, uma fase, um momento de um jogo digital? Este é um momento contemplativo possibilitado por jogos como Journey, que foi um projeto independente criado pelo designer Jenova Chen e seus parceiros, que resultou num sucesso mundial. Os ambientes virtuais de aprendizagem no Brasil precisam se utilizar destas ferramentas cognitivas.
A educação à distância precisa se habilitar daqueles elementos que compõem a plástica dos jogos contemplativos, que é o que possibilitará o Brasil avançar na possibilidade de propor uma experiência imersiva, dentro de um ambiente virtual de aprendizagem. Quem atua na educação presencial onde existem disciplinas digitais, sabem como os estudantes se relacionam com as mesmas, onde ‘indiferente’ seria um dos suaves adjetivos para se descrever esta situação atual. Possivelmente a origem deste problema de ordem educacional e de design criativo, talvez esteja no fato de que apenas tardiamente nosso país passou a se dedicar à uma educação à distância que primasse por qualidade; e ainda assim não se pesquisa sobre os melhores métodos para se obter sucesso através desta modalidade de educação, e se desenvolvem pesquisas atualmente, uma prática daquilo que se é verificado não acontece. Algo também muito comum no nosso país na área de educação: Desenvolver pesquisa apenas para se obter o documento de conclusão da mesma.
Enquanto não assumirmos que a educação é uma responsabilidade dos educadores, pois que são os profissionais da área, o gerenciamento promovido pelas grandes coorporações que assolam o país, intituladas de instituições de ensino superior, continuarão propondo o modelo inadequado de se propor educação à distância, baseado apenas em disponibilizar acesso aos conteúdos de uma determinada disciplina. Um administrador entende de empresariado, ambiente virtual de aprendizagem é do domínio dos educadores e dos designers, ambos habilitados com uma boa dosagem de inovação, sensibilidade e criatividade.