O Ágil é tech, O Ágil é pop, O Ágil é tudo?

Difícil não ter visto a famosa chamada da Rede Globo, sobre o agronegócio.

O Agro é tech, o Agro é pop, o Agro é tudo.

Embora seja uma chamada publicitária atraente, ela pode levar a uma banalização do termo "agro", reduzindo-o a uma simples questão de moda ou tendência. Na realidade, o agronegócio é um setor complexo e multidimensional, que envolve uma série de desafios e questões socioambientais.

E como não tornar o Ágil o novo "Agro" ?

Desde o surgimento da metodologia Ágil, a gestão de projetos orientada ao plano, também conhecida como gestão tradicional, tem sido amplamente questionada. Com o advento de empresas tech e fintechs e o surgimento de diversos cases de sucesso, como: "jeito Spotify de fazer as coisas", se tornou uma referência para muitos, colocando em evidência a abordagem Ágil. Como resultado, a busca pela agilidade se tornou uma tendência na gestão de projetos, com muitos profissionais adotando o termo "Ágil" como a palavra da moda.

No entanto, é importante lembrar que a agilidade não é uma solução milagrosa que resolverá todos os problemas da gestão de projetos. A metodologia ágil, é uma abordagem que pode ser utilizada para alcançar a agilidade, porém é necessário um esforço conjunto de todos os envolvidos na organização, além de um planejamento bem estruturado e alinhado com os objetivos.

Às vezes o arroz com feijão bem feito é melhor que um risoto de filé mignon com pupunha e tomate seco finalizado com lascas de trufa preta.

Embora a gestão de projetos orientada ao plano, ou gestão tradicional, possa parecer ultrapassada, ainda é altamente eficaz e pode ser preferível em determinados contextos. É importante lembrar que a substituição do método orientado ao plano (tradicional) nem sempre resulta em maior agilidade e pode, na verdade, criar problemas adicionais. O verdadeiro desafio é identificar o cenário em que cada abordagem - tradicional, híbrida ou totalmente ágil - é mais adequada. Isso implica considerar a maturidade dos envolvidos, a natureza do projeto, as expectativas de entrega e outros fatores relevantes. Ao avaliar cuidadosamente esses aspectos, é possível traçar uma estratégia que maximize a eficácia da gestão de projetos em cada situação específica.

Portanto, é preciso ter em mente que a agilidade não é um fim em si, mas sim um meio para alcançar objetivos específicos. É importante manter um equilíbrio saudável entre a busca pela agilidade e a necessidade de cuidado e atenção aos detalhes em cada projeto. Dessa forma, as empresas e organizações podem alcançar o sucesso de forma sustentável, seja com o ágil ou sem o ágil.