O amor
O amor
Romanos 12: 9 a 13: ‘’O amor seja sem hipocrisia, detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade’’.
O resumo dos mandamentos encontra-se em Marcos 12: 30 a 34: ‘’Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força e amarás ao teu próximo como a ti mesmo’’.
Vivemos em uma época em que os sinais que precedem a volta de Cristo já estão as portas, ou seja, os homens serão avarentos, amantes de si mesmo. Pai ficará contra filho, filho contra pai.
E como amarmos na época em que vivemos?
Para isso, é preciso compreendermos o que é o amor.
1 Coríntios 13: 4 a 7: ‘’O amor é paciente, benigno, não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas havendo profecias, desaparecerão, havendo línguas cessarão; havendo ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora pois, permanecem a fé a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor’’.
Ver o outro como um espelho, é projetar no outro uma suposta idealização. Nós imaginamos que o outro seja como queremos que ele seja em nossa mente, e assim, vemos no outro muitas vezes do que está em nós, como um espelho. E quando passamos a entender e ver o outro além do que gostaríamos, começamos a conhecer o outro como o outro é, e não como julgamos que ele seja. E porque é um espelho? Porque cada ser humano tem centenas de frações e detalhes de características, comportamentos, intenções, pensamentos e conhecimentos, mas nós só vemos pedaços nos outro do que conhecemos, ou do que nos identificamos, e isso faz com que nós tenhamos uma percepção muito reduzida da totalidade de quem o outro é como indivíduo.
Deus é amor, e quanto maior a intimidade que nós temos com Deus, mais amorosos nós somos.
Quanto mais agirmos pela carne, mais perverteremos o amor.
A perversão é distorcer, ultrapassar o limite de tolerância do amor, para isso, os limites são estabelecidos.
Deus colocou limites em tudo, o sol governa o dia, a lua governa a noite, há separação entre águas e águas, ou seja, para tudo há uma especificação e um limite definidos por Deus.
Deus colocou o livre arbítrio para nós, e mesmo que tenhamos a predestinação, nossas ações e a busca por ele e por avaliarmos a nós mesmos, precisa estar presente na vida do cristão.
O amor que ultrapassa os limites do outro, não é amor, é perversão.
O amor que controla e tira o livre-arbítrio do outro, ou seja, faz com que o outro seja obrigado a aguentar e tolerar o relacionamento, aguentando tudo, não é amor, é a perversão do amor.
Ou seja, tudo o que não é espontaneamente feito com alegria, vira um laço do passarinheiro, uma prisão, seja emocional, física ou mental, cognitiva por dogmas religiosos, ao invés da genuína busca pela palavra de Deus e por sua presença em nossas vidas.
Devemos consagrar tudo o que somos e temos para Deus, porque amar a Deus com tudo o que somos e temos, é com tudo, sem dar espaço para nada que esteja fora da vontade de Deus ou que contrarie a sua presença em nossas vidas.
E amar ao próximo como a nós mesmos, é sabermos aplicar o amor com equilíbrio em nossas vidas. Amar ao outro, nos limites em que as necessidades do outro, não desrespeite as nossas necessidades.
Há uma diferença entre amarmos a nós mesmos e sermos amantes de nós mesmos.
Amarmos a nós mesmos, é respeitarmos a nós e aos outros com a mesma medida, da mesma forma e com equilíbrio. E sermos amantes de nós mesmos, é sermos egoístas, agindo de forma manipulativa para conseguirmos o que queremos a qualquer custo, sem nos preocuparmos com as consequências de nossas ações e o que pode gerar na vida do outro.
Por isso, amar, requer maturidade e temperança.
O amor não é aceitar tudo, nem Jesus aceitou tudo.
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O amor é conhecer a Deus, obedecer e fazer a vontade de Deus, e não os caprichos dos homens.
E quando sabemos que é ou não da vontade de Deus um pedido de alguém?
Quando o Espírito Santo fala ao nosso coração, e nos instrui, mostrando os limites, as intenções e nos trazendo discernimento sobre o que vivemos. Assim, vamos saber se devemos ou não agir, saberemos o nível de entrega e de nossos relacionamentos com os outros, saberemos até que ponto poderemos ou não nos envolver nas situações ao nosso redor, e saberemos o que é laço, o que é benção; o que é perda e o que é livramento.
‘’O justo entende tudo, o perverso não compreende nada’’.
Somente a comunhão com Deus fará você discernir o que é bom e o que é mau. Caim teve a escolha de proceder bem, mas escolheu matar Abel, e o sangue de Abel clamou da terra para que Deus fizesse justiça.
Aos justos, continuem praticando a justiça, pois Deus ama a quem busca o Reino de Deus e a sua justiça, e acrescenta as demais coisas na vida de seus amados.
E aos perversos, aqueles que ultrapassam os limites de respeito e interação com os outros, saibam que ainda há esperança, se houver arrependimento e mudança de atitude, pois obedecer a Deus e fazer a vontade dele, trará aceitação. ‘’Caim, se procederes bem, por acaso não serás aceito?’’. Aquele que procede mal, se vangloria da maldade, acreditando que as pessoas são indefesas ou tolas, e isso é uma característica do comportamento perverso, muito estudado na psicanálise e no estudo da compreensão da mente humana. Mas, ao final, isso trará morte, porque a falta de amor, mostra a falta de temor a Deus. Quem ama, teme a Deus. Quem teme a Deus, é sábio por saber que nada passa desapercebido aos olhos de Deus, e é Ele quem nos justifica, e quem retribui a cada um segundo as suas obras.
O amor caminha ao lado da justiça, Deus é amor, mas também é um Deus justo. Sábio é aquele que busca conhecer a Deus como o ar que respira, e como a água que mata a sede todos os dias, sábio é aquele que sabe que a fonte inesgotável de amor é Deus, e é nele que nós, nos preenchemos diariamente, e que através de Jesus Cristo, nós conseguimos o lugar de sermos chamados filhos de Deus, crendo que Jesus Cristo veio em carne, habitou entre nós, morreu e ressuscitou para que fossemos salvos e justificados.
Ame a Deus na sua totalidade, e ame 50% para você e 50% para os outros, sabendo que se você não equilibrar essa régua, faltará para você, e você cobrará dos outros essa falta. O amor é equilibrado, o quanto eu dou ao outro, precisa estar equilibrado com o que eu tenho, recebo e sou. Além disso, ficaremos sobrecarregados por levarmos um fardo maior do que aquilo que é nosso. Se você está cansado, vá a Jesus e entregue seus fardos a ele, e fique com o fardo leve dele com você, assim você entenderá o amor e permanecerá nele, na leveza e na paz que só ele pode dar.
Levai as cargas uns dos outros. Cargas e fardos são diferentes.
Cargas são atividades. Fardos são a forma de realizar essas atividades.
Cargas são ações operacionais. Fardos são crenças, condutas e conduções sobre essas ações.
Cargas podem ser feitas de forma leve e simples, quando são apenas cargas.
Fardos são pesados, confusos, distorcidos, desgastantes e podem ou não estarem vinculados as cargas.
Carga: ação ou efeito de carregar, obrigação.
Fardo: o que é pesado ou custa a suportar, exige cuidados e responsabilidade.
Podemos ter cargas pesadas e fardos leves. E podemos ter cargas leves e fardos pesados.
Não torne os fardos pesados em sua vida e na vida das outras pessoas. Torne as cargas e fardos leves
E como podemos fazer isso? Estando em Cristo, porque nele, o fardo é leve, amoroso e justo.
Deus abençoe!