O amor transcende rótulos

O amor transcende rótulos

Desejo romântico


Olhos que se cruzam,

Se notam, 

Se investigam.


A atenção capturada,

Nariz e boca registrada,

Cheiro e voz memorizada.


Um corpo é esperado,

Um abraço é aguardado,

Um caminhar é desejado.


Um choque no coração, 

Um gatilho para a emoção,

Um fim para a solidão.


(OLIVEIRA, Rodrigo. 2018)


O ideal é não colocar o amor dentro de uma caixinha

O que é o amor? O que é amar? Mesmo quem é bem jovem e sem muita experiência tem o seu próprio conceito sobre o amor. Amor de casal, amor de família, amor de devoção religiosa. Provavelmente algum ou todos esses conceitos já passaram pela sua cabeça.

Contos de fadas, novelas, séries, livros falam muito sobre um tipo de amor de casal, o idealizado, geralmente aquele que nos faz ansiar por um(a) parceiro(a) amoroso(a) de pele branca, com corpo definido.

O problema é que, apesar desse conceito ser construído e alimentado em nossas mentes pela vida em sociedade, no dia a dia vemos poucos casos de pessoas que se encaixam nesse padrão. Boa parte de nós não é assim. O brasileiro mesmo é fruto de uma miscelânea de tons de pele, tipos de cabelo, formatos de olhos, bocas, sotaques e regionalidades. Toda essa diversidade só é válida se for valorizada.

Além de ‘existir’ o(a) parceiro(a) ideal, ainda é muito forte a noção de que o relacionamento amoroso tem que ser algo para sempre. Acredito que a tradição cristã tenha uma grande influência na formação desta maneira de pensar.

Somos ensinados a buscar o amor idealizado, uma pessoa linda e talentosa, como há poucas disponíveis no mercado, um sentimento intenso, único, que poucas pessoas experimentam. Já viu porque a frustração persegue muitas pessoas, não é? Geralmente temos muitos exemplos perto de nós exatamente do contrário, de pessoas com relacionamentos frustrados, abusivos.

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Nós não somos perfeitos. E precisamos aprender a nos amar apesar das nossas imperfeições e, assim, aos outros também. E como é bom respeitar e ser sermos respeitados por quem somos, termos nosso espaço, podermos manter nossas opiniões, enfim ser nós mesmos.

Não é porque um relacionamento não continua tão bom quanto no início, que anula os bons momentos vividos. O foco deve estar nos momentos positivos que aquela conexão com aquela pessoa nos proporcionou. Não está em manter alguém cativo em um relacionamento.

Por que que para ser bom tem que ser eterno? A gente não pode aproveitar os bons momentos sem achar que as pessoas são propriedades nossas? Considerar a liberdade do outro também é pensar na nossa. Penso que agimos dessa forma por causa da noção de que os relacionamentos têm que ser eternos, vinda no cristianismo.

Qual a graça de vivermos um relacionamento se já sabemos todo o enredo? Se é previsível como um conto de fadas? Bom mesmo é aceitarmos que não temos o controle sobre tudo que acontece nas nossas vidas e isso não quer dizer que vamos deixar de viver coisas importantes.

Se for imperfeito, e há grandes chances de o ser, não é sinônimo de falta de valor. Acredito que o amor não está preso dentro de uma caixinha ou em fórmulas, ele é fluido, acontece, acaba, se transforma. E isso faz esse sentimento ser tão forte e tão popular.

...

Rodrigo Oliveira

Um cara curioso, que gosta de aprender, conhecer pessoas, novas realidades, ler e escrever textos criativos.

Wilson atan

Operador de Guindaste Móvel

4 a

Que bonitinho, tá namorando professor?....me conta.... Kkkkk vamos comemorar!

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