Artigo 12 - O aprendizado!

Ola amigos.

Venho de uma família muito simples, todos moravam em Cunha, interior de São Paulo, mas meus irmãos, primos, aqui da capital e região metropolitana.

A contagem desta história, é para mostrar como foi e é minha trajetória, independente de boas escolas, dinheiro, mas sim, de busca pelo que se quer.

Quando ainda criança, iniciei meus estudos musicais com uma professora particular da mesma igreja que eu frequentava, lembro-me do primeiro livro musical que eu tive, este logo abaixo.

"Iniciei os estudos por volta dos 4 anos de idade, com uma professora particular"

Eu tinha um teclado bem pequeno, que foi do meu primo, ele não usava mais, e, com apenas uma oitava e meia, imagine, aprender em um brinquedo, mas era o que eu tinha para aquele momento.

Já um pouco maior e aperfeiçoando na área, a professora cobrou meus pais para comprar um órgão (lembrando que eu queria tocar órgão, e não piano), eles compraram um teclado Minami MP 2020, olhem que coisa arcáica, mas era a febre do momento. (lembro até do cheiro quando chegou este presente em casa)

Já tinha por costume cantar sempre na igreja, em casa, em festividades religiosas e sempre gostando de regência coral, que eu até imitava o regente do côro, na época. Não segui carreira, mas na década de 90, participei de um concurso para bolsa de estudos em Berlim, pela antiga academia Vitae, de SP, infelizmente, não deu tempo de enviar um adaptador para a visualização de meu trabalho pela bancada julgadora, enfim, perdi a chance, mesmo com as cartas de recomendações à regência coral.

(...), o primeiro trabalho foi em uma marcenaria; depois uma farmácia que meu irmão tinha; tapeçaria; entreguei panfletos sobre cursos e de uma clínica de Santo André; trabalhei em um escritório de cursos de idiomas; representante de livros de uma editora; até que eu consegui meu primeiro emprego registrado, na livraria Siciliano. Depois, fui para uma empresa que vendia pacotes de telefonia corporativa (uma "furada"); faculdade e conveniada com uma grande instituição de ensino no Brasil e depois, um Colégio com unidades em todo o mundo, por fim, a área de engenharia.

Sempre gostei de interagir com as pessoas, aprender coisas novas e ler sobre o assunto, e o para-raios não foi diferente, pois entrei em uma empresa, onde eu não sabia absolutamente coisa alguma, até que um amigo que conheci, um cliente, entregou uma norma de SPDA/2005, e comecei a ler, não só isso eu recebi, mas também, sobre os sistemas para escolas estaduais, como se fosse um manual do governo.

Meu pai trabalhou na antiga Eletropaulo, com enciclopédias em sua estante falando sobre eletricidade, me mostrou um dia o sistema de para raios, mas eu era uma criança ainda, será que o destino mostra a sua área de atuação desde pequeno e não nos atentamos?

Li, reli, busquei na internet, e, mesmo sem curso superior, me dediquei ao assunto. Recentemente, ouvi uma pessoa dizer que sou empírico, aquele que tem todas as capacidades técnicas, mesmo sem formação superior, e eu nem sabia o que era isso.

Claro, meu desejo constante é aprender, aperfeiçoar e estudar em uma universidade, mas o que eu quero dizer com isso, é que nunca devemos desanimar, deixar de pesquisar, mesmo sem dinheiro, hoje, por exemplo, mesmo eu estando desempregado, contas chegando, economia que já acabou e reduzindo custos, utilizo computadores públicos para escrever este e outros artigos, às vezes, pelo meu celular, quando possível.

Não desanime, não se entregue, não perca as esperanças, confie literalmente em D'us, confie em você, acredite no seu potencial.

Sei o que é acordar pela manhã e não ter para onde ir, onde ganhar o pão de cada dia, depois de vários currículos espalhados, que não aparece nem 0,001% de entrevistas daquilo que enviastes. É desanimador, mas vamos seguindo o nosso objetivo, o trem pode passar a qualquer hora e você entra no caminho certo, para a pessoa certa.

Vi um vídeo estes dias, sobre a história do dono da KFC, ele foi milionário aos 88 anos de idade, mas começou sua vida, com poucos dólares e acima dos 65 anos. Depois, clique aqui e veja o vídeo.

A nossa hora vai chegar, tudo é aprendizado, tudo nos faz crescer, principalmente aos que não nasceram em berço esplêndido.

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Abraços.