O atraso digital na gestão da saúde pública brasileira
Hoje muitos atendimentos clínicos são realizados sem que o médico responsável tenha tido acesso a informações prévias e de histórico do paciente.
Seja porque as consultas anteriores não foram realizadas naquela rede hospitalar, seja porque o paciente se dirigiu a um novo consultório.
Este cenário se dá pela falta de um sistema de Registro Eletrônico de Saúde (RES), no qual diferentes profissionais de saúde tem acesso a um prontuário único do paciente.
O atraso digital pode ser responsável por uma série de obstáculos que podem comprometer a qualidade assistencial e a eficiência administrativa do setor de saúde.
A implantação do sistema de prontuários eletrônicos, destinados a gerenciar informações de históricos médicos de pacientes.
Começou em 2011 no Sistema Único de Saúde (SUS) e segue lentamente no Brasil, embora o modelo já esteja amplamente difundido em outros países.
No National Health Service (NHS), sistema público de saúde da Inglaterra que inspirou a criação do nosso SUS, o início do sistema nacional de registros digitais ocorreu em 2002.
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Além dos médicos, os pacientes ingleses podem acessar seus próprios registos através de um portal chamado Healthspace.
De acordo com o IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), 42% dos estabelecimentos públicos brasileiros concentra os registros dos pacientes armazenados em papel.
Nas instituições privadas, esse índice é de 23%. Ainda assim, 64% dos brasileiros se interessam pelo armazenamento digital de dados clínicos.
E segundo a pesquisa Datafolha encomendada em 2016 pela Confederação Nacional das Cooperativas Médicas – Unimed do Brasil.
Dentre as pessoas que apoiam o uso de prontuários médicos, 58% concederia acesso total às suas informações pelos médicos com os quais passarem por consultas.
Com o registro de todo histórico de saúde, antecedentes familiares, resultados de exames realizados, entre outros dados, é possível que seja aplicada uma medicina centrada na pessoa.
Com foco na Atenção Integral à Saúde.
Essa questão é ainda mais urgente quando pensamos em um atendimento de emergência.
Em que o paciente pode estar inconsciente e sem acompanhante para explicar ao médico o seu histórico clínico.
A partir do RES é possível trazer benefícios para a gestão da saúde do paciente, mais agilidade e qualidade de atendimento, e melhor administração de custos.
Um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), publicado em 2010.
Defende que um sistema informatizado é uma das maneiras de garantir a eficiência do atendimento em saúde, com maior segurança e qualidade do serviço para o paciente.
O histórico de saúde extraído do prontuário eletrônico de uma população especifica é um material valioso que pode embasar estratégias de gestão.
Demonstrando que a implantação total do mesmo é fundamental para a sustentabilidade dos setores de saúde pública e privada.
Precisamos acompanhar o ritmo de um mundo cada vez mais conectado, que fica além das portas dos hospitais e clínicas.
Hoje muitos atendimentos clínicos são realizados sem que o médico responsável tenha tido acesso a informações prévias e de histórico do paciente.
Seja porque as consultas anteriores não foram realizadas naquela rede hospitalar, seja porque o paciente se dirigiu a um novo consultório.
Este cenário se dá pela falta de um sistema de Registro Eletrônico de Saúde (RES), no qual diferentes profissionais de saúde tem acesso a um prontuário único do paciente.
O atraso digital pode ser responsável por uma série de obstáculos que podem comprometer a qualidade assistencial e a eficiência administrativa do setor de saúde.
A implantação do sistema de prontuários eletrônicos, destinados a gerenciar informações de históricos médicos de pacientes.
Começou em 2011 no Sistema Único de Saúde (SUS) e segue lentamente no Brasil, embora o modelo já esteja amplamente difundido em outros países.
No National Health Service (NHS), sistema público de saúde da Inglaterra que inspirou a criação do nosso SUS, o início do sistema nacional de registros digitais ocorreu em 2002.
Além dos médicos, os pacientes ingleses podem acessar seus próprios registos através de um portal chamado Healthspace.
De acordo com o IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), 42% dos estabelecimentos públicos brasileiros concentra os registros dos pacientes armazenados em papel.
Nas instituições privadas, esse índice é de 23%. Ainda assim, 64% dos brasileiros se interessam pelo armazenamento digital de dados clínicos.
E segundo a pesquisa Datafolha encomendada em 2016 pela Confederação Nacional das Cooperativas Médicas – Unimed do Brasil.
Dentre as pessoas que apoiam o uso de prontuários médicos, 58% concederia acesso total às suas informações pelos médicos com os quais passarem por consultas.
Com o registro de todo histórico de saúde, antecedentes familiares, resultados de exames realizados, entre outros dados.
É possível que seja aplicada uma medicina centrada na pessoa, com foco na Atenção Integral à Saúde.
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Essa questão é ainda mais urgente quando pensamos em um atendimento de emergência, em que o paciente pode estar inconsciente e sem acompanhante para explicar ao médico o seu histórico clínico.
A partir do RES é possível trazer benefícios para a gestão da saúde do paciente, mais agilidade e qualidade de atendimento, e melhor administração de custos.
Um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), publicado em 2010.
Defende que um sistema informatizado é uma das maneiras de garantir a eficiência do atendimento em saúde, com maior segurança e qualidade do serviço para o paciente.
O histórico de saúde extraído do prontuário eletrônico de uma população especifica é um material valioso que pode embasar estratégias de gestão.
Demonstrando que a implantação total do mesmo é fundamental para a sustentabilidade dos setores de saúde pública e privada.
Precisamos acompanhar o ritmo de um mundo cada vez mais conectado, que fica além das portas dos hospitais e clínicas.
*Orestes Pullin é presidente da Unimed do Brasil
Sobre a Unimed – A Unimed completa 50 anos de atuação no mercado de saúde suplementar.
A marca nasceu com a fundação da Unimed Santos (SP), em 1967, e hoje é composta por 346 cooperativas médicas, que prestam assistência para cerca de 18 milhões de beneficiários em todo País.
Atuando sob o modelo cooperativista, a Unimed conta com 113 mil médicos, 114 hospitais próprios e 2.611 hospitais credenciados.
Além de hospitais-dia, pronto-atendimentos, laboratórios e ambulâncias que garantem a qualidade da assistência médica, hospitalar e de diagnóstico complementar prestada aos beneficiários das cooperativas.
Fonte: SEGS-26.12.2017.