O BIZARRO PROGRAMA DO GOVERNO PARA O ENSINO MÉDIO
O governo federal lançou o programa "Pé-de-Meia" com a promessa de incentivar a permanência dos jovens no ensino médio. Segundo o próprio governo, através do site gov.br, o programa funciona como uma poupança destinada a promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes nessa etapa de ensino. Seu objetivo é democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens, além de promover a inclusão educacional e estimular a mobilidade social.
Minha dúvida é se o bizarro "pé-de-meia" é para democratizar o acesso e reduzir a desigualdade ou melhorar, a qualquer custo, os indicadores de ensino brasileiro?
É o melhor caminho transformar estudantes em meros números, incentivando-os com dinheiro a fazer algo que já deveriam ter como objetivo de vida? Onde está o desenvolvimento da autonomia, autogerenciamento e busca do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos alunos?
Outro objetivo do governo que li com a implantação do "Pé-de-Meia" é reduzir o abandono escolar. Isso é um problema complexo, com raízes sociais e econômicas. Oferecer um valor em dinheiro é como colocar um band-aid em uma séria hemorragia.
Em vez de criar esse programa assistencialista, o governo deveria investir em educação de qualidade, com professores bem preparados, escolas equipadas e um currículo relevante para o mercado do trabalho.
Ao prometer um futuro promissor, com dinheiro no bolso, para o aluno que concluir o ensino médio, o programa pode criar falsas expectativas nos jovens. A realidade do mercado de trabalho é bem mais dura do que muitos imaginam.
Acredito que o foco deveria ser em preparar os jovens para o mundo do trabalho, oferecendo cursos profissionalizantes, estágios e orientação vocacional.
É bizarro o governo criar, mais uma vez, dependência com programa assistencialista como o "Pé-de-Meia".