O BRASIL PROCURA UM RUMO
Caros leitores que acompanham nosso Blog,o Brasil procura respostas e rumo...Uma reportagem publicada no final de maio pela BBC e assinada pela jornalista Camilla Mota apresenta algumas suspeitas consistentes que transformaram expectativas positivas em drama para as famílias brasileiras como apresento a seguir, passando pelo PIB, informalidade, desemprego , renda e crédito.
O PIB variou positivamente 0,4% entre janeiro e março deste ano em relação ao quarto trimestre do ano passado, descontada a sazonalidade. Entre outras previsões, algumas apontavam para o crescimento neste mesmo período de 1%. Dentre os principais fatores de frustração, pelo lado da demanda, está o consumo das famílias, que representa 60% do PIB e cresceu apenas 0,5% em relação ao trimestre anterior, afetado negativamente pelo desemprego mais elevado do que se esperava.
Informalidade e desemprego ditam o ritmo da tragédia anunciada
Uma das razões para a desaceleração do consumo vem do mercado de trabalho, apontando para um país com claras dificuldades para criar novas vagas, especialmente com carteira assinada. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostra alguma recuperação na ocupação desde junho do ano passado, quando, depois de 22 meses consecutivos de retração - ou seja, de redução no volume de pessoas empregadas - ela voltou a cresceu. Muito embora isso dê por meio do trabalho informal e do trabalho autônomo, categorias mais precárias. Desde fevereiro de 2015, o trabalho com carteira na Pnad Contínua está em terreno negativo.
A renda, fator fundamental para estabilizar um processo de crise, continua a diminuir, agora em ritmo mais acelerado por conta de uma massa maior de desempregados já há alguns meses. Quem está empregado também vê sua renda crescendo menos. Em 2017, os reajustes salariais que levavam em conta a inflação mais alta de 2016 ganharam incremento que não se repete neste ano.
Crédito emperrou de vez
Quando a renda sobe menos, o crédito também não empolga o consumo , mesmo com taxas de juros mais baixas, dado as perspectivas sombrias que o desemprego anuncia.
O ciclo de corte da taxa básica de juros, a Selic, vinha se refletindo em redução do custo de crédito para famílias e empresas desde outubro de 2016, mas vem perdendo sua eficiência face a queda vertiginosa dos índices de confiança da economia brasileira.
O cenário externo estável dos últimos anos no cambio e no petróleo não está se repetindo em 2018, impactando sobre a indústria, já que aumenta o preço das importações e dificulta, por exemplo, a compra de máquinas e equipamentos lá fora. As exportações poderiam ser beneficiadas no médio prazo, já que a desvalorização do real deixa os produtos brasileiros mais baratos em dólar - o problema é que as moedas da maioria dos emergentes também perdeu valor, reduzindo o ganho de competitividade do Brasil.
O Brasil procura um rumo, pode-se dizer, alternativo, embora o cenário interno e externo já tenha determinado o PIB do segundo semestre. Por hoje é só e que DEUS nos Abençoe!