O casamento perfeito na arte de empreender
Dizem que é a reinvenção do capitalismo. A economia colaborativa e a economia criativa são novos conceitos que vêm mudando os modelos de negócios.
A teoria sobre ganhar algum dinheiro alugando sua furadeira para estranhos, não se confirmou exatamente conforme profetizou Rachel Botsman, no TEDx Sydney, em maio de 2010. Porém com base nesse mesmo fundamento, batizado como “sharing economy” ou “economia colaborativa”, empresas como Airbnb e Uber cresceram exponencialmente.
Como elas obtiveram tamanho sucesso? Acredito que seus fundadores estavam em busca de ideias inovadoras. Atentos às transformações do mundo, conseguiram enxergar nas macrotendências as latentes oportunidades relacionadas à economia colaborativa. Essa é a arte de empreender.
Prosperar e vencer, independentemente da turbulência que atravessamos, pode ser a melhor vingança.
O mesmo vale para a economia criativa. Sempre existiu, mas as novas tecnologias permitiram ao cidadão comum viabilizar negócios de sucesso a partir da base obtida no ambiente virtual e depois migrar para a produção de bens e serviços no mundo físico.
Outro exemplo de tecnologia a favor da economia criativa foi o surgimento das impressoras 3D. Lembro-me bem quando elas chegaram no Brasil. Naquela época eu já era sócio da Projeto Integrado, agência de design e comunicação que é, por essência, uma empresa da economia criativa. A equipe especializada em design de produto ficou fascinada com a perspectiva de ver seus protótipos materializados em menor tempo, com baixos custos.
Era um avanço incrível. No entanto, estava acessível somente para os profissionais da área.
Hoje em dia existem as FAB LABS, oficinas digitais que disponibilizam impressoras 3D e outros equipamentos para a produção de objetos. Oferecem também cursos e acesso gratuitos a qualquer pessoa que tenha um projeto e o firme propósito de realizá-lo. Viabilidade de execução sem grandes investimentos em moldes e processos industriais: esse é o maravilhoso mundo novo trazido pela tecnologia.
Os dois temas – economia criativa e economia colaborativa – associados às facilidades provenientes da tecnologia, criam novas possibilidades e estimulam visões transformadoras.
A despeito de qualquer crise econômica ou política, acredito que há sempre pessoas dispostas a seguir em frente e melhorar as condições vigentes a partir do seu trabalho. Prosperar e vencer, independentemente da turbulência que atravessamos. Essa pode ser a melhor vingança.