O cenário de IoT na Indústria Brasileira

O cenário de IoT na Indústria Brasileira

Global

Plataformas IoT industriais para o mercado de manufatura se tornarão uma oportunidade de US $ 12,4 bilhões até 2024, impulsionadas por implantações em ambientes de manufatura distintos.

A pesquisa da IoT Analitycs revela que o mercado de plataformas industriais de IoT está se acelerando em 2019, à medida que mais e mais fabricantes industriais priorizam sua transformação digital em empresas baseadas em dados da IoT. Prevê-se que os gastos com software e serviços relacionados às plataformas de IoT industriais para soluções de manufatura conectadas cresçam a uma taxa de 40% ao ano até 2024.

Brasil

Indústria 4.0 pode economizar R$ 73 bilhões ao ano para o Brasil

Os ganhos de eficiência produtiva correspondem a uma economia de R$ 31 bilhões

As tecnologias da indústria 4.0 buscam a otimização dos processos, a redução de energia despendida e a tomada de decisões mais assertivas. Com isso, os gestores alcançam um trabalho mais qualificado e, claro, com custos menores.

Um recente levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI estimou que a migração da indústria brasileira para o conceito 4.0 pode levar a uma redução anual de custos na ordem de R$73 bilhões/ano. Desse total, R$31 bilhões referem-se a menores gastos com manutenção de máquinas e R$7 bilhões com consumo de energia.

Glycon Garcia, diretor executivo do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre), falou sobre as tecnologias 4.0, entre elas a Internet das Coisas (IoT). Em entrevista ao G1, ele comentou que “as aplicações podem ser amplamente utilizadas na gestão de energia para determinar a capacidade produtiva e ociosa de um determinado equipamento ou sua necessidade de troca e manutenção”.

As Smarts Factorys (Fábricas inteligentes) consomem até 20% menos energia

Dados apresentados no 7º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria mostram que cerca de 42% da energia consumida nas manufaturas é desperdiçada em razão de problemas como perdas de calor e iluminação insuficiente.

Felizmente, esses problemas podem ser facilmente resolvidos com o uso de tecnologia. Sensores inteligentes, por exemplo, ao enviarem dados para as plataformas de IoT, permitem analisar e identificar desvios no consumo de energia que oneram as operações. Segundo dados recentes divulgados pelo Senai, uma Smart Factory pode economizar até 20% de energia apenas com iniciativas para a digitalização dos processos industriais.

Indústria 4.0 saltará de 1,6% para 21,8% das empresas em uma década, diz pesquisa da CNI

Sondagem inédita da Confederação Nacional da Indústria projeta salto tecnológico da produção brasileira nos próximos dez anos e mapeia como a indústria está se preparando para os novos desafios.

Apesar de o setor como um todo reconhecer a importância de investir na chamada Indústria 4.0, estudos da CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostram que ainda é baixo o percentual de empresas que já adotam sistemas de conexão de dispositivos que se comunicam entre si (IoT), associados à análise, ao processamento de dados e à inteligência artificial.

Segundo dados do projeto Indústria 2027, realizado pela confederação em parceria com universidades e pesquisadores, apenas 1,6% das 759 empresas brasileiras consultadas informou ter sistemas integrados, fábricas conectadas e processos inteligentes para subsidiar a tomada de decisão dos gestores.

O projeto ainda destacou que dos 24 segmentos da indústria brasileira, pelo menos 14 precisam implementar com urgência estratégias de digitalização para se tornarem competitivos internacionalmente. Para tanto, foram consideradas variáveis como produtividade, exportação e taxa de inovação dos segmentos, comparando-as às das maiores economias do mundo.

“O grau de inovação é bastante heterogêneo no setor. A estratégia de investimento das empresas, inclusive das grandes do modelo 4.0, ainda é gradual e por etapas”, afirma João Emílio Gonçalves, gerente-executivo de política industrial da CNI, à Folha.

Em outras palavras, grande parte das empresas brasileiras olham projeto a projeto para determinar os investimentos. Se for percebida a possibilidade de aumento de eficiência ou a redução de custos, por exemplo, então nesse caso são avaliadas as melhores tecnologias disponíveis. Isso mostra que uma estratégia global, de longo prazo, ainda não faz parte do planejamento da maioria das indústrias brasileiras, segundo os estudos.

Entre os segmentos analisados, bens de capital (máquinas e equipamentos), agroindústria e automotivo são aqueles que lideram a corrida tecnológica para ampliar a competitividade dos negócios até 2027.

Empresas de grande porte vivem outra realidade

Um outro estudo da CNI, realizado com 632 indústrias em junho de 2018, mostrou que a realidade das grandes empresas é bem mais animadora. A maioria (73%) já se encontra na configuração Indústria 4.0, ainda que em estágio inicial de implantação das tecnologias.

Entre elas, destaca-se a automação digital com sensores para controle de processos. Atualmente, essa tecnologia é a mais utilizada pelas empresas que participaram do levantamento, com foco na produção, no desenvolvimento de produtos e em novos modelos de negócio.

“O uso das tecnologias digitais é decisivo para a competitividade das empresas, com redução de custos e ganhos de eficiência, além de maior acesso ao mercado externo e integração do Brasil às cadeias globais de valor”, diz o gerente-executivo da CNI.

Indústria 4.0 brasileira levará a cortes bilionários nos custos

Um outro aspecto importante a ser destacado é que esse avanço está diretamente ligado às questões regulatórias no setor de telecomunicações brasileiro que, muitas vezes, foca no cumprimento de obrigações defasadas em detrimento do aumento da eficiência.

Um exemplo é a obrigatoriedade de investir e cumprir metas relacionadas à telefonia fixa, em um momento em que o país tem mais celulares do que habitantes, segundo a Anatel.

Nesse sentido, Werter Padilha, representante na Câmara de IoT do MCTIC (Ministério da Ciência Tecnologia), destacou as ações do Plano Nacional de IoT para incrementar a inovação no Brasil e permitir que o avanço chegue também às empresas de menor porte, em Reportagem de Claudia Rolli para a Folha de São Paulo.

“A implementação de IoT na indústria demanda uma mudança não só nos processos, mas também na cultura das organizações [que ainda concentram processos internos de inovação]”, diz o especialista para a reportagem.


Indústria 4.0: dados atualizados sobre o cenário brasileiro

 Alguns chamam de Quarta Revolução Industrial. Outros preferem Indústria 4.0. Há os que defendem que não se trata de uma revolução propriamente dita, mas sim de uma reestruturação radical de processos que, digitalizados, tornam-se mais rápidos e eficientes.

Independentemente da nomenclatura, está claro que indústrias de diferentes segmentos vêm sofrendo o impacto da transformação digital em todo o mundo. E com ela surgiram novas demandas que, muitas vezes, desafiam a estabilidade corporativa, exigindo decisões rápidas e de forte impacto.

O Brasil, claro, não está fora dessa nova realidade. Entretanto, o país ainda percorre passos curtos quando o assunto é a consolidação de sua Indústria 4.0.

Indústria 4.0 – resultado de uma sucessão de momentos de alavancagem produtiva

O processo produtivo das indústrias está em constante transformação, desde a chamada Primeira Revolução Industrial. Década após década, novas tecnologias emergem e desaparecem, alterando a rotina fabril.

Em alguns momentos dessa trajetória, a inovação é tão poderosa a ponto de gerar mudanças radicais na eficiência da linha de produção, elevando-a a níveis bastante expressivos. Esses verdadeiros pontos de inflexão são denominados de alavancagem produtiva.

Nessas situações, torna-se mandatória a rearticulação da cadeia produtiva, em seus mais variados aspectos. E isso, claro, ocorre a partir da iniciativa da alta liderança das indústrias que, ao adaptar sua estratégia à nova realidade tecnológica, precisa atentar-se aos possíveis impactos e também a formas de mitigar riscos. Inovações disruptivas alteram o status quo, forçando a revisão de parâmetros que antes garantiam vantagem competitiva.

O quadro abaixo detalha alguns desses momentos:

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FONTE: Economist; Ivey Business Journal; MIT; Wilson Center.

Nasce uma indústria de dados

A atual fase de alavancagem por que passa a indústria está fortemente associada aos conceitos de Internet das Coisas (IoT), automação de processos, Big Data e Inteligência Artificial. Todos eles integrados proporcionaram um crescimento produtivo em escala exponencial, algo talvez nunca antes verificado na história.

Pela primeira vez, os mundos físico, digital e biológico uniram-se, gerando impactos radicais em diversos setores da economia.

Especificamente na indústria, a transformação digital incrementou profundamente o potencial produtivo. Mais do que isso, criou uma nova dinâmica entre máquinas e humanos que passaram a trabalhar de forma integrada e, por que não, interdependente.

Dessa articulação, surgem quantidades enormes de dados que, a cada segundo, são captados por hardwares e organizados por softwares inteligentes, gerando análises de elevada complexidade. Esse mecanismo garante a tomada de decisão em tempo real, otimizando os ciclos de identificação e correção de erros processuais. Como consequência, notam-se uma importante elevação da capacidade produtiva, a redução de custos e, claro, o melhor posicionamento competitivo.

Esse panorama é o que hoje se denomina Indústria 4.0. Se por um lado é certa a sua expansão em escala global, por outro ainda se verifica um desnível importante entre diferentes países e segmentos industriais quanto ao grau de maturidade da digitalização produtiva.

Panorama geral da Indústria Brasileira

Outro recente estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que dos 24 setores industriais do Brasil, 14 estão atrasados na adoção de tecnologias digitais. O mais interessante é que esse grupo é responsável por cerca de 40% de toda produção industrial do país, segundo o IBGE. Assim, quase metade de tudo o que a indústria brasileira produz ainda não é resultado de uma realidade digital plenamente automatizada.

A participação da indústria de transformação – aquela que transforma matéria-prima em um produto final ou intermediário – no PIB brasileiro vem apresentando quedas sucessivas. Dados de 2016/2017 demonstram o menor valor, em décadas de estatísticas (veja gráfico abaixo). Especialistas acreditam que o Brasil não chegou ao seu máximo de potencialidade industrial para que essas quedas sucessivas fossem justificadas. Ao contrário, defendem um importante potencial de expansão, muitas vezes abafado por particularidades de nossa economia e infraestrutura deficitária.

Indústria de Transformação no PIB brasileiro (%)

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Fonte: Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Ainda nesse sentindo, o Índice Global de Inovação de 2018  colocou o Brasil em 64º lugar entre 126 países analisados. Dentro da região latino-americana, o país ficou na 6ª colocação. Embora tenhamos subido 5 posições em relação a 2017, ainda não firmamos uma posição de destaque na escala global. Há, portanto, um grande espaço de oportunidades a ser percorrido.

Esse índice – publicado anualmente pela Universidade Cornell, pelo INSEAD e pela OMPI – leva em consideração dados como investimento em P&D, níveis de educação, incremento de produtividade e exportação de produtos de alta tecnologia.

Índice Global de Inovação (2018)

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Fonte: Universidade Cornell, INSEAD, OMPI (2018)

Os índices de melhor desempenho do país relacionam-se aos investimentos em educação, em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e absorção de conhecimentos. Em potencial de escala de negócios nos destacamos na oitava posição o que, certamente, corrobora o potencial de crescimento do país.

Os pontos de atenção, por sua vez, envolvem as instituições, o ambiente de negócios, o crédito e o número de graduados em engenharia e ciências. Um aspecto bastante preocupante apontado pelo ranking é a facilidade de abertura de negócios, no Brasil. Nesse quesito, estamos entre os últimos da lista, na 123º posição.

A importância de estatísticas como essas está justamente em comparar o desempenho do Brasil com o restante do mundo e, principalmente, fornecer diretrizes para políticas desenvolvimentistas e áreas que necessitem de maiores investimentos.

IoT: incorporação gradual com impactos escaláveis

Está claro que a incorporação de novas tecnologias no ambiente industrial brasileiro não é um processo simples. Entre as principais razões para isso estão:

  • Limitações orçamentárias
  • Mudança de cultura frente à incorporação de novas tecnologias
  • Incertezas quanto aos impactos causados pela inovação
  • Mão-de-obra pouco qualificada
  • Baixa infraestrutura de conectividade

Mesmo diante desses desafios, a reestruturação que a Indústria 4.0 demanda é muito menos radical do que momentos de alavancagem passados.

Antes, era quase que mandatória a substituição física do maquinário para a adequada incorporação das novas tecnologias que surgiam. Hoje, ao contrário, a integração entre hardwares e softwares inteligentes permite um elevado grau de adaptabilidade a diversos ambientes, sem a necessidade imediata de substituição do parque industrial.

Isso acontece pelo fato de a Internet das Coisas permitir a incorporação de sensores e sistemas legados com bastante facilidade, mesmo diante de equipamentos que já estejam em operação. As indústrias, então, conseguem usufruir da transformação digital de modo progressivo, sem uma quebra radical de processos e rotinas fabris.

A seguir um exemplo de como a 3G SOFT pode ajudar sua industria nessa jornada.

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A nova Revolução Industrial é, portanto, tão característica justamente por unir a escalabilidade produtiva em níveis nunca antes atingidos a um processo de transformação digital bastante flexível e adaptável.

A 3G SOFT vem se posicionando como uma provedora de soluções de IoT, a fim de desempenhar um papel fundamental no processo de alavancagem da Indústria 4.0 no Brasil. Conta com um time técnico com grande capacidade de se ajustar a diferentes realidades, a fim de impulsionar as tecnologias que conversam facilmente com diferentes equipamentos e sistemas, de forma inteligente, o que resulta em um ROI em curto espaço de tempo.

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