O Compliance e A Gestão de Contratos
Todos temos sofrido duramente os efeitos nefastos dos atos ilícitos que corromperam a relação entre empresas e governo durante as últimas décadas.
Como decorrência natural desse cenário, a sociedade, de maneira geral, parece estar despertando para a importância de um comportamento mais ético e transparente das empresas. Daí o conceito do Compliance estar adquirindo cada vez mais destaque nas publicações.
O compliance corporativo é um conjunto de procedimentos e regras implementados nas organizações que visam a garantir a conformidade das atividades do negócio com a legislação vigente, com as normas internas e com modelos éticos exigidos pelo mercado. (O COMPLIANCE E OS OBJETIVOS PARA O NEGÓCIO – FNQ - maio/2018).
Seguir regras, respeitar políticas e atender à legislação não envolve só questões éticas, mas também científicas. Pois, se alguém definiu alguns padrões de procedimento (mesmo que não os achemos perfeitos) é para a preservação da integridade de um sistema.
Para nós, administradores de contratos, o Compliance não é conceito novo. Já faz parte do ofício, pois garante a integridade e o cumprimento dos acordos comerciais entre as empresas e dentro das leis. Afinal, os contratos são uma das bases da sociedade civilizada:
“Security of the person, stability of property, and the obligation of contract were for David Hume the bases of a civilized society.” (Fried, Charles. Contract as Promise: A Theory of Contractual Obligation (p. ii). Oxford University Press).
A tarefa de administrar contratos, além de dar segurança aos negócios, agrega muitos valores à personalidade dos profissionais que atuam nessa área; valores esses fundamentais para o sucesso na carreira, tais como, lisura, transparência, ética, comprometimento, respeito aos clientes (externos e internos), além é claro de permitir o aperfeiçoamento nas habilidades próprias da tarefa de gerir processos (organização, controles, métricas, visão sistêmica, coordenação, foco em resultados, etc.). E tais competências são muito atuais.
O que os proprietários e acionistas esperam das empresas nas quais optaram por investir é lucratividade. E não haverá lucratividade sem a gestão dos contratos que permeiam silenciosamente todos os processos empresarias.
Sucesso!