O CONDOMÍNIO SEM SÍNDICO
Vamos imaginar que moramos todos em um condomínio, e que por sorte (e mais adiante, vamos saber por que), não exista a pessoa deste ser que "resolva tudo para nós". Somos uma comunidade, e por isso temos uma identidade que nos une, começando por termos o mesmo endereço geral, o mesmo portão de acesso para nossas casas, e sem alongar muito as nossas afinidades, podemos citar o compartilhamento da mesma área de lazer.
Por incrível que pareça, é muito comum as pessoas estarem frente a frente em um espaço compartilhado, e não aproveitarem esta oportunidade incrível para conversarem sobre pontos importantes, como por exemplo, a manutenção do portão principal. Podemos dizer que esta atitude é compreensível, afinal de contas, o comum é que "tudo seja problema de um síndico".
Para nós, até hoje ter ou não ter um síndico foi indiferente, e estavamos vivendo em um paraíso na Terra, até que, certa manhã, o portão principal de aço se solta e cai. Um portão enorme e pesado, tão reforçado que deixaria até o King Kong para o lado de fora (o gorila gigante chamado Rei Kong, em bom português). Mas a questão, é que o problema precisa ser resolver. Mas como, sem um síndico? Num primeiro momento, todos pensam individualmente em jogar o portão para o lado, e saírem para seus compromissos. Mas o individualismo enfrenta dois grandes problemas: 1 - Uma ou duas pessoas sozinhas não conseguem levantar o mostro de aço; 2 - Como fica a segurança, se o acesso ficar aberto?
A solução é simples, todos ali precisam conversar, e se comprometerem com a solução. Ideias surgem. Ponderações acontecem. Alguém fala no custo e como se poderia dividir o preço para o conserto, e o tempo de todos para uma necessidade de todos surgiu, e o portão foi arrumado em poucas horas. Por sorte, não temos um síndico, e uma nova e boa realidade surgiu na sociedade do nosso condomínio.
Podemos perceber nesta história inspirada em fatos reais, a importância de cada um de nós na vida do outro, e o quanto é perverso o isolamento causado a partir da transferência integral de responsabilidades. Por isso, a Associação Nacional Instituto Hestia de Ciência, Tecnologia e Inovação foi fundada. A Comunidade Hestia tem a clareza que o ensino, a ciência, a tecnologia e a inovação, o emprego, o reflexo social do nosso trabalho, não são uma responsabilidade de um síndico governo, mas uma obrigação de cada Cientista, Pesquisador e cidadão.