O dia depois do Corona

Quarentena, Covid- 19, Corona. É só isso que ouvimos falar nas últimas semanas. Passamos nossos dias numa eterna expectativa de boas notícias, sejam elas de medicamentos, vacinas, o tal do achatamento da curva.

Todos nós que temos o privilégio de estar vivos entraremos para a História do mundo. Nossos netos estudarão sobre a pandemia que tomou conta do mundo em 2020.  Contaremos muitos “causos” sobre esta temporada de novas experiências que estamos passando.

Mas e depois? O que vai acontecer depois? Não só não sabemos, como não temos ideia de quando será esse depois. Depois de que? De 30 dias? 60 dias? Estamos rendidos a um inimigo invisível que minou nossos planos, e colocou em risco nosso bem mais precioso: a vida.

A iniciativa privada vai continuar desenvolvendo ações incríveis para apoiar não só os comércios, como também o setor público? Vi vários movimentos bacanudos de grandes empresas... fabricar e distribuir gratuitamente máscaras, álcool gel, produtos de limpeza, auxiliar o faturamento de bares e restaurantes, e por aí vai. Todos eles maravilhosos. Sem falar das iniciativas locais, pequenos produtores, comunidades, vizinhos, todo mundo se ajudando de alguma forma.

Mas a pergunta que não quer calar é... por que esperamos tanto tempo para praticar o bem? Por que não nos mobilizamos dessa mesma forma quando estava tudo “normal”? será que passada esta fase vamos continuar nessa onda de ajudar ao próximo? Será que finalmente vamos perceber que assim, unidos (independentemente da distância), somos mais fortes?

Como bons seres humanos que somos, na maioria dos casos, passamos a dar valor às coisas quando perdemos. Será que vamos mudar nosso mind set e começar a, de fato, valorizar o que importa? E isso é muito mais do que postar foto com a famosa #gratidão.

Como será o amanhã? Responda quem puder... o que irá me acontecer? O meu destino será como Deus quiser. Já foi até cantado. O amanhã não sabemos, mas vale a reflexão: o que vamos levar de tudo isso? Nos tornaremos seres humanos melhores? Aprenderemos, finalmente, mais sobre empatia, amor ao próximo, solidariedade e tantas outras atitudes que andavam sumidas por aí? Ou voltaremos aos nossos “normais”? A escolha é de cada um de nós!