O Dia em que Pulei um Defunto

Há muitas histórias e momentos marcantes que moldaram meu caráter e minha trajetória, mas este é um fato intrigante que aconteceu quando eu era criança e que sempre relato quando sou questionado sobre os marcos que impulsionaram minha “virada de chave”.

Eu tinha uns 12 anos, morava em Sapopemba, um bairro periférico de São Paulo, e um dia quando cheguei na escola me deparei com uma cena chocante: havia um defunto no portão de entrada e não havia outra forma de ir à aula, sem ter que passar por cima dele.

A cena, que é muito clara na minha memória, ainda me causa desconforto. Havia ali um ser humano, sem vida, jogado na rua e eu, do outro lado, indo para a escola tentando fugir do mesmo destino.

Algumas crianças ficaram paralisadas, outras foram pra casa, não queriam ter que passar por cima do corpo. Mas eu sabia que precisava entrar. A escola era minha esperança, minha chance de sair daquela realidade.

Enquanto pulava sobre aquele corpo, senti uma mistura de medo e determinação. Percebi que, se eu não enfrentasse aquele momento, não conseguiria alcançar os meus objetivos e ter a vida que eu sonhava.

Esse evento, embora trágico, reforçou em mim a crença de que a educação é a chave para uma evolução pessoal e profissional sem limites.

O dia que eu pulei um defunto moldou minha visão de mundo e minha trajetória, e até hoje, ao enfrentar desafios, lembro-me daquele momento e da força que encontrei para seguir em frente. Esta experiência me ensinou que, em meio às adversidades, a resiliência e a coragem são fundamentais para superar obstáculos e alcançar nossos objetivos.

Como CEO do Grupo Taking, levo essa lição comigo todos os dias. Promovo um ambiente onde a educação contínua e a valorização das pessoas são pilares essenciais. Afinal, cada desafio é uma oportunidade de superação e crescimento. Vamos juntos transformar o futuro, enfrentando os desafios com coragem e construindo um mundo melhor, onde a tecnologia e o ser humano caminham lado a lado.