O dia em que dividi elevador com o Arthur Sendas
Qual a chance de uma pessoa introvertida conseguir em 30 segundos, definir ali a sua vida, ao lado de uma das pessoas mais ricas do Brasil? Pois é, você pensou o mesmo que eu. Nenhuma.
Na época em que montei um dos meus primeiros negócios na área de comunicação, lembro que me juntei a um sócio que era meu cliente de design. Nós dois éramos muito duros, mas tínhamos disposição de trabalho. Com muito custo conquistamos parte da conta de endomarketing da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Era um sonho que estávamos alcançando, chegar no lugar em que os empresários mais tops do RJ se reuniam. Estávamos com a faca e o queijo na mão, mas faltava a gente a malemolência de entrar em um ambiente ainda desconhecido. Percebemos que a comunicação era dominada por um empresário já antigo no ramo da comunicação e que, para conseguir trabalhar lá dentro, precisaríamos mais do que apresentar um bom trabalho, precisaríamos de desenvolver uma habilidade que não tínhamos, a comunicação interpessoal e os salamaleques exigidos em um ambiente tão refinado e tradicional.
Conhecemos pessoas importantes, através de um padrinho que foi meu chefe em meu primeiro emprego, porém, mesmo que nos esforçássemos, ainda assim esbarrávamos na barreira invisível que divide os mundos, de quem tem, dos grandes empresários e altas cifras daqueles que só tem a força de trabalho para oferecer.
Aqueles 30 segundos dentro do elevador com o finado dono da rede de mercados Sendas (atual Assaí), poderia ter mudado a história da minha finada empresa. Ahhh, se eu não fosse introvertido!!!