O dilema do contexto 4|4
Você pode estar tentando emplacar sua marca no lugar errado.
Vou te contar uma situação e teremos plot twist no final então vem comigo…
Para sair do modo 8 ou 80 no processo de gerenciar marca pessoal, é preciso tomar decisões estratégicas baseadas em critérios. Já falamos sobre dois deles nas edições anteriores dessa série:
Agora bora para o critério 3? Bora!
Critério 3: valor percebido
A concretização da sua reputação desejada depende da percepção das pessoas a seu respeito.
Mas, para além da percepção de uma determinada característica, a gestão estratégica da sua marca pessoal tem o objetivo de ir além, e fazer com que as pessoas percebam o valor dessa característica, por exemplo:
Você é dona de uma loja e quer que seus funcionários percebam que você é uma ótima comunicadora E QUE, graças a isso, a empresa tem uma porta-voz que gera conexão com os clientes que facilita as vendas (e que funcionário não quer isso, não é mesmo?).
Esse objetivo mais profundo que une percepção + valorização, requer ainda mais cuidado na comunicação, para que ela seja feita “na língua” da sua audiência, mas mais do que isso, requer uma mudança perceptível causada pela sua ação.
Dois cenários
Existem dois possíveis cenários para unir percepção + valorização:
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Vale ressaltar que é justamente por isso que uma marca pessoal baseada em um personagem não se sustenta, uma vez que toda a estratégia culmina em ação que precisa ser percebida, e isso leva tempo porque você precisa performá-la consistentemente, para mais de uma pessoa, gerando assim a famosa “prova social” sobre si mesma.
Cadê o dilema?
Bom, continuando no exemplo da dona da loja, você já pensou que o contexto ao qual ela está tentando gerar percepção + valorização pode não ser o mais adequado?
Plot twist: porque os funcionários valorizam que ela se conecte com os clientes e não eles mesmos fazem isso? Por preguiça? Por timidez?
Pois é, incontáveis vezes nos moldamos ao que os funcionários, chefes, clientes, empresa valorizam sem questionar o porquê eles valorizam isso? Sem olhar para o cenário e entender que talvez essa expectativa tenha um fundo questionável ou até prejudicial para nós mesmas.
E justamente aqui é preciso ampliar a visão e tomar a decisão sobre quais expectativas se quer atender ou não. Talvez essa nossa empreendedora tenha que usar a habilidade de comunicação dela para começar a atrair outros funcionários que também perceberão suas habilidades E QUE graças a isso se tornarão melhores vendedores que geram mais vendas.
Percebe como muda? Esses funcionários valorizam autodesenvolvimento e não facilidade…
O dilema nessa terceira etapa é saber identificar qual contexto ideal para a construção da sua reputação, e a partir daí, muitas vezes tomar decisões difíceis, inesperadas que podem ser consideradas até radicais, mas que farão muita diferença para a conquista dos seus resultados desejados.
Com essa série eu espero ter te provado que o conceito de marca pessoal não cabem em discussões polarizadas, que se resumem a isso ou aquilo, 8 ou 80. Por se tratar de comportamento, interações sociais, reputação… tantos conceitos abstratos, tratar a disciplina com superficialidade chega a ser ingênuo. Se curtiu, compartilha com aquela sua amiga que precisa trabalhar a marca pessoal dela para crescer na carreira, vender mais, enfim, atingir seus objetivos.