O efeito borboleta

O efeito borboleta

Quer conhecer sobre Física Quântica, lei Eça de Queiroz...

Uma borboleta na China bate suas asas enquanto voa de uma flor para outra. No momento em que as asas se movem há uma mexida no espaço que a envolve. As partículas do ar são agitadas, criam ondas que se propagam infinitamente -se o espaço for mesmo infinito.

Ondas que podem causar um desses furacões que castigam os Estados Unidos e fazem os bons americanos encherem as banheiras de água para que suas casas de madeira não voem.

Esquematicamente, esse é o ``Efeito Borboleta" descrito por Edward N. Lorenz, baseado em estudos de Jules Henri Poincaré sobre o comportamento da atmosfera.

Em ``O Mandarim", Eça de Queiroz desenvolveu teoria análoga, mas aplicada a outro ambiente. Um rapaz de Lisboa sofre com a própria mediocridade. É abordado por um desconhecido que o convida a apertar o botão de uma campainha mais ou menos imaginária: um velho mandarim morrerá na China e deixará para ele toda a sua fortuna.

O rapaz não acredita na proposta. Depois, verifica que nada de ruim poderá lhe acontecer, e talvez alguma coisa de bom esteja a caminho. Há o lado moral da questão, ele matará um velho mandarim perdido na imensidão de um país que talvez nem exista de fato. Não custa tentar. Toca a campainha.

Meses depois, recebe telegrama comunicando que poderia sacar uma fortuna nas praças de Londres e Paris. Tornara-se milionário -sem ter a certeza de que realmente matara um mandarim na China. E, mesmo que o tivesse matado, não seria esse um motivo para atrapalhar sua nova vida de nababo e devasso.

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