O erotismo de Hilda Hilst

O erotismo de Hilda Hilst

Escrevo sobre temas variados, tenho a série "Perguntas de um empreendedor" onde respondo as perguntas sobre marketing digital, e agora, tenho alguns artigos sobre o teatro.

Acompanhe este artigo:

Hilda Hilst

 Na obra “A Possessa” (ou A Empresa – 1967) a dramaturga Hilda de Almeida Prado Hilst expõe, critica a forma de trabalho repetitivo na forma alienada, ressaltando a necessidade da reflexão e a liberdade. Além dela ter textos atemporais, onde o real e o imaginário se juntam, mostra os mais intensos pensamentos da condição humana, assim como os princípios sobre questões da vida e o erotismo com a visão da mulher.

 A importância desse pensamento desde a época no século XX com vários gêneros literários (prosa, poesia e dramaturgia) e o impacto disso no mundo atual, são os questionamentos das relações de poder entre oprimidos e opressores, o universo feminino como por exemplo os desejos femininos – a sexualidade. Graças ao movimento de liderança da mulher impor suas ideias no mundo.


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Acredito que Hilda Hilst é sim uma grande escritora para a Arte e para o mundo, pela questão do ser humano como pensante, a visão da mulher fora da esfera estabelecida da sociedade patriarcal e em tom provocativo.

 O erotismo de Hilda Hilst

 Hilda morou sozinha, uma mulher de sucesso que provocava as más línguas, tinha um apartamento mobiliado pelo seu trabalho na Capital de São Paulo, nos anos 50. Vivia a sua vida social, recebendo amigos, fazendo festa, tendo vários amores. O que nunca escondeu em seus livros. Na época, uma mulher pensante, ousada e com muitos amores, causava espanto.

 A escritora foi a primeira a lidar com o obsceno, quebra de padrões de beleza e a visão sexualizada da mulher só vista pelos olhares masculinos. Além, da questão da sexualidade, após publicar “trilogia obscena” em uma grande editora.

O livro Bufólicas, retrata várias linguagens, desejos e anseios de mulheres, inclusive todos provocativos. Assim como o poema “SE”, que une o imaginário com o real, mostrando que a mulher é capaz de se apaixonar e ter desejo, brincando com as palavras “cruzasse”, “ia ser um caso sério” , “gozo”. Contando uma história super sensorial. O que me toca é que como curiosamente me sinto hoje. Reprimida pela sociedade, mas sem deixar de sentir o que todo ser humano vive: medos, paixões, liberdade, tesão.

 Onde o comportamento do universo feminino é livre, sem códigos sexuais ou comportamentos definidos, a não ser que a mulher o quiser assim.

Dando vozes ao silencio de antes, as mulheres terem o seu espaço para se destacar também. E ainda, hoje estamos em luta com tabu de salários mais baixos, preconceitos, além da sexualidade.

No contexto contemporâneo, soubesse que existiu uma única tribo matriarcal no Amazonas pertencente ao Brasil, chamada de Icamiabas. Hoje, em 2021, um roteirista Nilson Ferreira está criando o longa “A Pedra dos Omepanimpes”, sobre a história dessas guerreiras e como o modelo matriarcal funcionava nessa narrativa, trazendo esses elementos de maneira forte, dando um ar de ficção para ressaltar os poderes dessas mulheres, literalmente.

 Um curta metragem feito por Sávio Leite ‘Vênus: Filó, a fadinha lesbica’ trazendo propostas anárquico, iconoclastas e provocativos inspirados e escritos por Hilda. Além da forte presença da sexualidade, desmitificando a mulher ideal com padrão de beleza, onde a mulher é representada com elementos fora desse contexto, e não por isso menos sexy e desejada também.

 Hilda, se posicionou sobre a história da cultura ocidental, que difere homens e mulheres em sua vida social, algo apegado a biologia, em que sujeitos femininos são inferiores devido a valores pré-determinados na sociedade, baseado em diferença sexual. No qual o masculino é o eixo carregado de valor positivo. E a mulher seria submissa, do lar e dependente do homem dentro de um sistema de opostos hierarquizados favorecidos aos seres masculinos. Cabendo um papel na sociedade de esposa, mãe, tarefas domésticas e a família. Inclusive no teatro, tinha uma escassa presença até o século XX.

 Assim sendo um começo das mudanças, ainda se deve a se fazer muito, mas a unificação de mulheres para questionar a presença na cultura e no teatro, o sistema patriarcal e seus efeitos em nós, mulheres que tem medos, anseios, coragem, fora, e tudo o que quisermos, assim como o homem, pode.

 Apresentando novas maneiras de pensar, sobre o mundo que vivemos, o que a natureza humana faz no automático como tarefas repetitivas, condutas, comportamentos e até no âmbito da sexualidade. Lembrando que a natureza humana não só anda, ela pensa, senti e age.

 O acervo imaterial de pesquisa desse grande nome se encontra hoje na Sala de Memória Casa do Sol e o Centro de Documentação Cultural Alexandre Eulálio da Universidade Estadual de Campinas (Cedae-Unicamp).

 Hilda foi incrível, cheia de coragem, atemporal, nos encanta a percepção de mundo e ideias. No contexto contemporâneo de hoje a necessidade de novos cenários como o espaço para todos na cultura, sexualidade, questionamentos de regras de convívios, condutas, inclusive para minorias, não só mulheres, mas pessoas trans, a gêneros, lésbicas, entre outros tantos assuntos: sexualidade. Deixar de ser um tabu, para todos vivermos em paz. Acredito que é um movimento que comece em minorias, mas que com a progressão desses olhares, o próprio homem, masculino, pode enxergar e apoiar nossa causa. É um longo e pretencioso caminho, mas estamos em luta por isso.


Sobre a autora

Ajudo a aumentar sua visibilidade e aumentar suas vendas de forma digital (startups, empresas de inovação e artistas), desde 2017.

Faço isso através da tecnologia e o marketing, porque acredito que, podemos comunicar com pessoas do mundo todo, de maneiras certas e criando conexão com elas (Atualmente, estou em formação para ser atriz).

Continuarei com algumas dúvidas mais pesquisadas no GOOGLE, sobre a temática do marketing digital e o teatro, e se você tiver alguma sugestão, deixe abaixo! (;

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