O escândalo Cambridge Analytica afetou o Facebook? E a GDPR?
É inegável que a revelação, em março, do uso ilegal de dados de milhões de usuários do Facebook pela já falida consultoria política Cambridge Analytica causou enormes problemas para a rede social, especialmente depois das denúncias de que hackers russos a utilizaram com a intenção de manipular o eleitorado dos EUA na eleição de Donald Trump.
O Facebook até demorou – cerca de uma semana – para se posicionar oficialmente sobre o assunto. Perdeu valor de mercado e virou alvo de críticas de políticos e imprensa.
Para tentar reverter isso, Mark Zuckerberg anunciou uma série de medidas visando coibir que fatos semelhantes voltem a ocorrer e tornando mais claras para os usuários do Facebook as configurações de privacidade.
Além disso, o Facebook veiculou anúncios nas TVs e jornais dos EUA com o objetivo de reconquistar a confiança do público.
Depois, Zuckerberg, que raramente faz declarações fora da sua plataforma, assumiu seu papel de CEO e imagem pública da companhia, dando entrevistas exclusivas à rede de TV CNN e ao jornal The New York Times.
Mas o ponto crucial da campanha para recuperar a credibilidade do Facebook junto ao seus usuários e o mercado foi a convocação de Zuckerberg para uma sabatina no Senado americano.
O que poderia se tornar algo ainda mais danoso à sua empresa, virou uma oportunidade de ouro para o Facebook, já que muitos congressistas demonstraram total falta de conhecimento técnico sobre os temas em discussão, fazendo com que Zuckerberg deitasse e rolasse durante a audiência. Ele estava tão tranquilo que virou meme.
Resultados da crise
O que muitos apontavam como início do fim do reinado do Facebook, acabou não provocando queda no número de usuários, o que seria algo até esperado já que no último trimestre de 2017, o Facebook registrou sua primeira queda no número de usuários nos EUA e Canadá, na história.
O relatório do 1º trimestre do ano divulgado pela We Are Social revela que o número de usuários ativos mensais do Facebook cresceu 3,2% no período. É verdade que adolescentes entre 13 e 17 anos estão deixando a plataforma, mas essa queda é compensada pela entrada de novos usuários com idade superior a 65 anos.
Apesar disso, os desafios enfrentados por Zuckerberg e seu time não param. O Facebook, como outras empresas de tecnologia globais, precisou fazer mudanças para se adequar à entrada em vigor da GDPR (General Data Protection Regulation), nova lei de proteção de dados da União Europeia, agora no final de maio.
Há poucos dias, Mark Zuckerberg também compareceu a uma audiência no Parlamento Europeu, onde declarou que o Facebook não somente está preparado para se adequar às normas, mas também está colocando as alterações em prática em todo o mundo, em mais uma ação para dizer aos usuários “confiem em nós, nos importamos com a sua privacidade”.
De fato, a rede já disponibilizou para todos, inclusive aqui no Brasil, opções para controlar o nível de informações pessoais que são utilizadas para formar perfis de target de anúncios.
O mercado também parece estar convencido de que o Facebook segue como uma das plataformas mais eficientes para a publicidade – o que de fato é – mesmo com algumas alterações em formatos de segmentação em decorrência da GDPR e do escândalo com a Cambridge Analytica.
A plataforma conseguiu um lucro de US$ 11,97 bilhões com publicidade no 1º trimestre, acima das projeções feitas por Wall Street.
O fato é que, por pior que o escândalo tenha sido para a empresa, o Facebook é um gigante que conseguiu se manter em pé. Por isso, não pode ser deixado de lado quando você pensar em uma campanha para sua marca.
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