O exercício de auto-reflexão que mudou minha vida
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Você é uma combinação única de experiências, valores e talentos, entre todas as pessoas do mundo, não há outra pessoa como você.
Eu sei! Essa é a mesma conversa de auto-ajuda romantizada que você ouve de quase todo mundo, já se tornou até meio brega, especialmente com a onda massiva coaching que tomou conta da sociedade nos últimos anos. Mas me ouça, isso não é apenas verdade, mas também é muito importante.
Eu tenho uma história que me exigiu excelência na escola, e eu fiz isso. Eu sempre fui aquela aluna com boas notas, comportamento impecável e foco extremo na aula. E embora eu não ache que isso seja uma coisa ruim, passei muito tempo sem reconhecer meu verdadeiro potencial. A excelência acadêmica não me ajudou quando eu estava me preparando para escolher o vestibular e tinha que escolher o que fazer. Não me ajudou quando, mais tarde, procurei uma carreira para satisfazer meus desejos. E certamente não me ajudou a encontrar uma sensação de pertencimento nos lugares que eu frequentei. Eu encontrei, muito mais tarde do que gostaria, qual é o meu propósito, minha razão de ser, minha missão. É por isso que comecei a escrever isso.
Enquanto poucos de nós têm fortes declarações de propósito, alguns de nós só encontram nossa vocação tarde na vida, e a maioria de nós nunca tem a chance de descobrir nosso verdadeiro potencial.
Minha luta com essa questão começou quando me inscrevi para o vestibular. Eu, como todos os outros adolescentes, estava sendo bombardeada com a conversa sobre universidade, carreira e dinheiro que persegue a nossa sociedade há muito tempo. Na época, eu tinha um milhão e uma ideias do que deveria fazer. No entanto, não parei para mudar o DEVO em “O que devo fazer?” por um QUERO, e foi isso que me levou a um caminho sem propósito.
Eu segui pelo caminho mais fácil e considerei as coisas nas quais eu era boa na escola. Então, eu alinhei essa informação com o conselho de “emprego que paga bem” que você recebe de todos quando você está caminhando para os seus 20 anos. O mercado estava pegando fogo para os engenheiros na época. Pensando como a nerd de ciências que eu sempre fui, decidi seguir para engenharia química, jurando que era o ajuste perfeito para mim.
Cinco anos de engenharia depois, eu tinha um histórico acadêmico acima da média, ótimas experiências em atividades extracurriculares e um currículo sólido. No entanto, eu não estava recebendo nenhuma proposta de estágio, emprego ou perspectiva. Eu não consegui descobrir o porquê, e essa é uma história muito longa. Insegurança, ansiedade e medo me levaram a um período de estudos pesados, concentrados em mim.
Eu li toneladas de livros de auto-ajuda e liderança. Fiz alguns cursos de desenvolvimento pessoal. E refleti sobre os detalhes da minha situação por um enorme período de tempo. Como resultado, descobri quem sou, o que quero e, o mais importante, porque estou aqui.
O mais engraçado de tudo é que eu já sabia todas as respostas, sabia o tempo todo. Mas o mundo em que vivo mascarou tudo. Na minha percepção, nossa sociedade está se sustentando em fundações mal-construídas. Passei uma torturante quantidade de tempo procurando minha missão. E tudo que eu conseguia pensar quando finalmente descobri que era “Eu poderia ter aprendido isso na escola. Eu poderia ter aprendido isso em casa. Eu poderia ter aprendido isso cedo na vida.” Mas eu não foi assim. Eu tive que aprender sozinha. Os princípios vocacionais geralmente não são ensinados em casa porque os pais não aprenderam isso. Você não os aprende na escola porque eles não fazem parte do currículo. E a vida sozinha pode levar muito tempo para ensinar isso a você.
Eu não me arrependo do meu tempo em engenharia química. Eu quase nunca me arrependo de nada que fiz. Toda experiência é parte de quem eu sou e do que estou me tornando continuamente. Eu teria feito escolhas diferentes se tivesse as informações que tenho agora? Absolutamente sim! Mas a vida é o que é. Minha filosofia é sempre tirar o melhor do que está acontecendo. Eu aprendi muito na faculdade, e eu uso muito disso agora que eu não me chamo de engenheira química.
Parafraseando as palavras de Simon Sinek “É tudo sobre o porquê.” E é isso que quero compartilhar aqui. Pergunte a si mesmo: por que você está no mundo? Quando eu realizei este exercício pela primeira vez, tive que sentar e pensar sobre isso. E eu pensei que era difícil, mas não é. É apenas uma frase para definir você com base em seus valores. Você já sabe tudo. E lembre-se de que tudo isso é um processo iterativo porque você cresce e sua missão cresce com você.
Deixe-me simplificar para você em perguntas mais simples, pois “Por que você está neste mundo?” é muita pressão. Pegue uma caneta e papel (ou um caderno) e responda às seguintes perguntas. Tome o tempo que for necessário para ser o mais detalhado que puder.
- Qual foi o momento em que você se sentiu mais orgulhoso de si mesmo? Você deve ser capaz de dizer o que estava acontecendo no momento. Os sentimentos que você teve e por que você considera isso relevante para você.
- Quais são os problemas que te trazem um sentimento de injustiça? Pense nas coisas que te deixam triste, nas coisas que te tocam. Quais são os problemas que você tem em seu coração? Pode ser algo errado no mundo ou algo que você experimentou.
- Que valores você admira? Pense em alguém, um amigo, membro da família ou até mesmo uma empresa que você admira e respeita. O que eles têm que te inspira? Quais são os valores que eles têm? Estes podem ser seus valores também.
- Quais são seus talentos? Quais habilidades as pessoas admiram em você? Pense nas coisas que as pessoas dizem que você faz muito bem, mas que você acredita que exigem pouco esforço. A resposta aqui pode ser uma lista, não se limite.
- Quais foram seus sonhos de infância? Todos nós já passamos pela pergunta “O que você quer ser quando crescer?” quando éramos pequenos. Alguns de nós queriam ser astronautas, alguns de nós queriam ser bombeiros, e alguns de nós queriam ser artistas. Qual foi sua resposta? Como você viu o seu futuro? Talvez alguns dos seus sonhos tenham um valor central escondido neles.
Agora volte para suas respostas e reflita sobre elas. Encontre as palavras-chave nas suas respostas e circule-as. Fez isso? Perfeito! Agora você tem um banco de vocabulário para escrever sua declaração de propósito.
Basta lembrar que ISSO NÃO É PERMANENTE! É um esboço iterativo que você evolui com o tempo. Sua declaração de propósito irá crescer, se desdobrar e melhorar com você.
Se você quiser um exemplo, posso lhe dar minha declaração de missão.
“Criar infinitas formas de arte, me expressar de forma criativa e inspirar os outros a desenvolverem o seu melhor.”
Você vê que não precisa ser muito específico. Uma coisa que muitas pessoas me perguntam é como passei da engenharia ao design. Durante este exercício, lembrei-me do meu eu mais novo dizendo repetidamente que eu seria uma artista. Essa lembrança ficou tão clara que comecei a me perguntar o que aconteceu comigo no meio da estrada. Eu gosto de dizer que sempre soube que seria artista. Acabei me perdendo subindo a Avenida da Vida e dei algumas voltas erradas. Felizmente, em algum momento, decidi ligar o GPS e encontrar o caminho certo para mim.
Hoje, tudo passa pela minha declaração de propósito. É o meu filtro para decidir se devo dizer sim ou não a qualquer coisa. Você pode fazer o mesmo, anotar seu propósito e colocá-lo em sua mesa à sua frente.
Você está vivendo uma vida orientada por propósitos?