O fim da automação no Instagram

O fim da automação no Instagram

A automação no Instagram , da forma regular que diversos profissionais do marketing digital estavam acostumados, acabou. A medida anunciada no dia 4 de abril é resultado da antecipação das mudanças na API divulgadas previamente pela multinacional e que estavam previstas para o período de 31 de julho a 11 de dezembro. Em um momento com muitas dúvidas e poucos esclarecimentos consistentes, a pergunta que fica é: o que realmente mudou?

Antes de chegar à resposta, algumas etapas são importantes. A primeira delas, entender o que é API. Uma API (Interface de Programação de Aplicações) nada mais é que a junção de recursos para a integração entre sistemas / aplicativos, que serve para padronizar e facilitar o trabalho no ambiente digital. Resumindo, é uma interface que permite que outras plataformas desenvolvam funcionalidades a partir de determinada rede social. A problemática começa a ser formada quando entendemos que alguns aplicativos, como aqueles voltados a seguir e parar de seguir, fazem isso pela API do Instagram e é justamente nesse ponto que o segundo passo do entendimento sobre o fim da automação no Instagram entra.

Com a automação no Instagram, a rotina de diversos profissionais do marketing digital era facilitada. O que ocorre é que algumas pessoas recorriam a isso com objetivos maliciosos ao olhar de Zuckerberg, como através do uso de Apps que têm o objetivo de comprar seguidores, interações e likes sem qualidade. Apesar de já serem proibidos pela plataforma, esses recursos estavam disponíveis na própria API, o que tornava possível que ferramentas de terceiros os utilizassem e burlassem possíveis impedimentos. É importante ressaltar que esses métodos são irregulares e as contas que os utilizam correm o risco de serem desabilitadas.

Para que o cenário fique mais claro, algumas considerações da própria Política de Privacidade do Instagram podem ser acompanhadas a seguir:

Substituir funcionalidades? Não mais

Através de um dos tópicos da Política de Privacidade da plataforma, o Instagram proíbe a réplica e substituição de funcionalidades ou experiências essenciais do instagram.com ou de qualquer outro App da marca.

Nada além do oferecido

Ferramentas que oferecem funções a mais e que subvertem a forma de funcionamento do Instagram também estão proibidas. A plataforma alerta: "não ofereça experiências que mudem isso. ”

Mediante essas e outras considerações da API do Instagram, que podem ser encontradas na íntegra por aqui, qualquer método que simula o comportamento do usuário por meio de automações, como — reforçando — o uso de APIs privadas, uso de ADV (Android Virtual Devices), uso de automação on screen através de mobile farms e Web/Screen Scrapping, está proibido. Em resumo, o Instagram, influenciado também pelo recente escândalo de vazamento de dados do Facebook, estipulou essas medidas restritivas com relação aos dados e à forma de utilização deles por parte dos desenvolvedores.

Se o panorama da mudança da automação no Instagram preocupa alguns, a outros pode ser positivo, já que representa uma possibilidade de melhoria e redução de fraudes. Agora, com métricas de fato reais, as marcas devem se preocupar mais do que nunca em buscar a ajuda de empresas que entregam soluções digitais completas, voltadas à estruturação e crescimento das marcas no ambiente digital de maneira regular e assertiva. Seguidores antes comprados por ferramentas de terceiros agora deverão ser conquistados com um trabalho sério e dedicado às reais necessidades de cada cliente.

Para os profissionais, nada de novo. ;)

E você? o que achou das novidades no Instagram? Deixe seu comentário.

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