O Futuro do Meio Audiovisual: O Que Esperar Para os Próximos Anos?
A não ser que você seja a Beatriz Flamini, atleta espanhola que passou recentemente 500 dias isolada numa caverna da Andaluzia, Espanha... você provavelmente já ouviu falar no ChatGPT (Chat Generative Pre-trained Transformer), o poderoso modelo de linguagem desenvolvido pela OpenAI , capaz de gerar respostas contextuais e fornecer informações sobre uma ampla variedade de tópicos.
Também com certeza já percebeu a "infestação" de imagens geradas por inteligência artificial que permeiam as redes sociais (a imagem criada para a capa deste artigo contou com a ajuda da ferramenta Midjourney ).
A Adobe acabou de lançar um módulo de IA para sua mais famosa ferramenta, o Photoshop, que permite criar ações de manipulação de imagem, através da inserção de texto. Acabei de instalar a nova versão beta, e com certeza passarei os próximos tempos testando afincadamente a inovação.
O meio audiovisual está em constante evolução, como sabemos... mas essa evolução está sem dúvida a um ritmo muito mais acelerado desde o advento da Internet, dos algoritmos e dos microprocessadores. As tecnologias emergentes e correspondentes mudanças nos padrões de consumo de conteúdo, têm tido um impacto significativo na forma como produzimos, assistimos e interagimos com o audiovisual. Exemplo disso é a batalha das perspectivas da qual eu falei neste artigo.
Desta vez, iremos explorar algumas das tendências emergentes que estão moldando o futuro do meio audiovisual e discutir como elas podem impactar a indústria nos próximos anos.
Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning
A #inteligênciaartificial e o #machinelearning têm desempenhado um papel cada vez mais importante na indústria audiovisual. Essas tecnologias têm o potencial de automatizar tarefas de produção, como a edição de vídeo e a criação de efeitos especiais. Além disso, a IA pode ser usada para analisar dados e entender os gostos e preferências do público, permitindo a personalização do conteúdo de forma mais eficiente.
Com tamanha evolução, podemos esperar avanços significativos na criação e no consumo de conteúdo audiovisual. Desde a geração automática de roteiros até a recomendação personalizada de filmes e séries, essas tecnologias têm o potencial de revolucionar a forma como o conteúdo audiovisual é produzido e entregue aos espectadores.
Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA)
A realidade virtual e a realidade aumentada estão ganhando cada vez mais espaço no meio audiovisual. Essas tecnologias oferecem experiências imersivas e interativas, permitindo que os espectadores vivenciem histórias e ambientes de uma forma totalmente nova. A série Mandalorian (O Mandaloriano) da The Walt Disney Company , já é um exemplo acadêmico de como criar mundos virtuais ultrarrealistas com a tecnologia #XR4D e aplicá-los em painéis de LED dentro dos estúdios de gravação.
Desde videogames até filmes e documentários, a RV e a RA têm o potencial de transformar a maneira como consumimos conteúdo audiovisual.
Com o avanço dessas tecnologias, podemos esperar um aumento na produção de conteúdo específico para essas plataformas. Os criadores audiovisuais terão a oportunidade de explorar narrativas e formatos únicos, proporcionando aos espectadores uma experiência envolvente e inovadora.
Streaming e Video on Demand
Os serviços de #streaming (OTT) e #videoondemand (VOD) têm ganhado popularidade nos últimos anos, e essa tendência não mostra sinais de desaceleração. Com a crescente demanda por conteúdo sob demanda, podemos esperar um aumento na produção de conteúdo exclusivo para essas plataformas.
Além disso, a personalização do conteúdo será um fator-chave no futuro do meio audiovisual. Com a coleta e análise de dados do usuário (o grande vilão?), os serviços de streaming podem recomendar conteúdo com base nos interesses e preferências individuais, oferecendo uma experiência mais personalizada para cada espectador.
Interatividade e Participação do Espectador
No futuro, podemos esperar uma maior interatividade e participação do espectador no meio audiovisual. As tecnologias emergentes, como a realidade virtual e a realidade aumentada, permitirão que os espectadores se envolvam ativamente com o conteúdo, tomando decisões e influenciando o desenvolvimento da narrativa.
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Além disso, plataformas interativas, como transmissões ao vivo e vídeos interativos, oferecem aos espectadores a oportunidade de participar ativamente do processo de criação de conteúdo. Isso cria uma experiência mais imersiva e engajadora, proporcionando aos espectadores uma sensação de controle e participação.
Conclusão
Para quem está familiarizado com Sociologia, Comunicação ou Gestão Estratégica, com certeza já ouviu falar no Mundo BANI, que é um conceito recente que complementa o Mundo VUCA que o precedeu.
VUCA é um acrônimo para Volatility (volatilidade), Uncertainty (incerteza), Complexity (complexidade) e Ambiguity (ambiguidade).
BANI é um acrônimo para Brittle (quebradiço), Anxious (ansioso), Nonlinear (não linear) e Incomprehensible (incompreensível).
Segundo os acadêmicos, este último é o mundo em vivemos atualmente.
Como profissionais do meio audiovisual, é crucial estarmos atentos às tendências emergentes e nos adaptarmos a elas. O futuro trará desafios, mas também abrirá novos caminhos criativos e inovadores. Ao entendermos e abraçarmos as mudanças, explorando tecnologias em constante evolução, poderemos nos destacar num mundo cheio de mesmice e moldar o futuro do meio audiovisual de forma brilhante e empolgante.
Mas também devemos estar atentos aos rumos que estas mesmas tecnologias estão tomando... na minha opinião é o nosso dever, enquanto participantes ativos neste processo, pensar, questionar e contribuir com o nosso espírito crítico.
Ao explorarmos novas formas de contar histórias de forma responsável, ao transmitirmos mensagens éticas que cativem o público, criamos experiências audiovisuais que envolvem, emocionam e nos transformam positivamente.
O futuro pode nem sempre estar nas nossas mãos, mas cabe a nós aproveitar ao máximo as oportunidades que ele nos oferece.
Qual é a sua posição?
Por agora é tudo. Até já!
Alfredo
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Locutora / Artista de voice over
1 aExcelente POST, Alfredo Galvão-Lucas ! Informa, desperta. Imagino que IA, Machine Learning, são terrenos pra lá de férteis tanto ao aprendizado da máquina, quanto ao do próprio Homem. Quando vamos ao Chat GPT e fazemos perguntas, algumas vezes, as respostas são reformuladas frente a novas indagações que questionam a resposta. Parece que precisamos " saber conversar" com a máquina, né? O que é normal em qualquer processo de conhecimento. Mas, na velocidade em que as transformações ocorrem, mesmo com máquinas em aprendizagem supervisionada, sem supervisão ou semissupervisionada ou outras não sei onde isso dará. Sou, naturalmente, mais otimista do que pessimista. Acredito na adaptação, no progresso e sobretudo na empatia. Neste mundo BANI, mais quebradiço,... as emoções parecem dominar. Naquela cena clássica do Rutger Hauer, em Blade Runner, a preservação da vida do Harrison Ford é um sinal de empatia. Não é uma emoção, e sim, um sentimento, que tem alto grau de componente cognitivo. Emoção é reação enquanto sentimento é construção. Embora, um filme, ficção, estamos vivendo tantas coisas que pareciam tão impossíveis. Espero que as IA possam nos ensinar também a lidar um pouco mais com nossos imediatismos, nossas emoções. Valeu👍