O Futuro do Trabalho

O Futuro do Trabalho

Você já deve ter pensado que seria tão bom consegui conciliar a vida profissional e a vida pessoal com mais equilíbrio?
Quantas pessoas que você conhece largaram suas profissões ou trabalhos em que estavam bem para poder ter mais qualidade de vida?
Já pensou que seria maravilhoso poder trabalhar um dia a menos na semana ou 1 hora a menos por dia?

Esses questionamentos não estão só nas nossas cabeças como profissionais, mas também estão, de alguma forma, impactando empresas na sua retenção de talentos - e isso tem trazido um movimento, ainda pequeno, mas que já pode ser olhado com atenção em relação aos novos modelos de trabalho.

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Vou trazer aqui alguns exemplos:

  • Microsoft do Japão implementa o final de semana com 3 dias e produtividade aumenta em 40%;
  • Unilever testa no Brasil novo jeito de trabalhar com semana de três dias;
  • Na Natura, o expediente de sexta-feira encerra às 15h toda semana;
  • Mormaii aposta em modelo de trabalho com jornada flexível, incluindo intervalo para surfar no meio do dia;
  • Na Holanda, Microsoft implementou jornada flexível, e reduziu em 50% o tamanho da sua sede. Diariamente em torno de 50% das pessoas vão ao escritório - e as subsidiárias de Portugal, Itália, Bélgica, Finlândia e também do Brasil começam a adotar modelo;
  • Fábrica da Irizar, em Botucatu (SP): os 483 empregados se organizam em 18 equipes autogerenciáveis, com apenas um supervisor e estão prevendo a eliminação do cartão-ponto.
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A primeira coisa a fazer é comemorar, divulgar e torcer para que esses exemplos contagiem ainda mais empresas e o mercado de fato inicie um movimento de transformação definitiva do modelo de trabalho (engessado) atual.


Claro que, com a tecnologia avançando, o mundo fica cada vez mais digital; conseguimos vislumbrar que a mudança já está acontecendo em diversas áreas: comércio (e-commerces), educação (EAD), indústria (automatização, indústria 4.0) e por aí vai. E algumas coisas já podem ser esperadas para um futuro próximo:

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Trabalho remoto

Vai além do conhecido home office, é a liberdade de trabalhar de e em qualquer lugar, dando ao colaborador mobilidade e flexibilidade. E a empresa ganha em redução de custos operacionais e aumento da motivação da equipe.

ROWE (results only work environment) 

O 'ambiente de trabalho orientado a resultado', em tradução livre, consiste em medir o desempenho e não as horas trabalhadas; com isso, a autogestão precisa ser mais presente, para permitir ao colaborador que administre a sua rotina e tarefas.

Holocracia

Nesse modelo, não existe hierarquia, nem cargos fixos, e sim um grupo multidisciplinar com igual poder entre os membros em que cada um é responsável pela tomada de decisão do seu trabalho. Com esse modelo, pode-se ver uma hierarquia mais horizontal e menos burocrática no dia a dia de trabalho.

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Além disso, muito se fala em não mais “departamentalizar” as empresas, mas em organizar as equipes por projetos, agregando as pessoas pelas suas habilidades em contribuir para aquele projeto. Isso permite que um mesmo colaborador possa fazer parte de mais de uma equipe.


Nesse contexto de mudança por parte das organizações, é esperado que, de alguma forma, nós enquanto profissionais também nos reinventemos e consigamos ter valor nesse novo mercado de trabalho.

  • Mentalidade voltada para resolução de problemas e pensamento crítico - ser solucionador para conseguir resolver problemas complexos usando a lógica. O padrão de esperar pelo gestor ou de não conseguir propor solução já não serve mais;
  • Criatividade - é um skill que os robôs nunca conseguirão nos roubar. Sendo assim, espera-se que os profissionais usem mais ainda, para conseguir encontrar soluções e alternativas, tirar conclusões e ter diferentes abordagens para as situações. Além disso, traz novas ideias, inusitadas e inteligentes que acompanham a velocidade das mudanças nas empresas;
  • Inteligência social - conectar-se verdadeiramente às pessoas no ambiente de trabalho, ser capaz de estimular reações, motivar, identificar talentos e ajudar no desenvolvimento de cada um, principalmente para quem espera ocupar um cargo de liderança. Isso é obrigatório para que se atue em diferentes contextos culturais, entendendo que a diversidade nos ambientes profissionais não é modismo;
  • Gerenciamento de tempo - ser capaz de coordenar as próprias ações e as dos pares, visando à produtividade, ao cumprimento de prazos sem desperdiçar tempo – afinal, como diz o ditado, “tempo é dinheiro”. Isso também culmina conseguir trabalhar buscando a produtividade de forma independente e fazendo uso de ferramentas de colaboração virtual;
  • Inteligência emocional - chega a ser quase clichê, e é imprescindível que saibamos gerenciar nossas emoções e consigamos lidar com as situações e desafios na empresa, para que passemos pelas crises sem aumentar o problema e sem sofrer ou causar ansiedade na equipe;
  • Negociação - conseguir conciliar diferenças e gerenciar conflitos, bem como demandas com visão de “ganha-ganha”, sem estar sempre numa batalha por estar certo ou ser feito da sua maneira;
  • Pensamento analítico e gerenciamento de informações ─ conseguir identificar as informações que são relevantes e manter um raciocínio baseado em fatos, dados e conhecimento. Existem muitos dados a disposição e poucos profissionais sabendo o que é realmente importante;
  • Independência de carreira - não dá mais para esperar pelo plano de carreira da empresa, pela orientação do gestor ou pela recomendação de curso vinda do RH. Cada profissional terá que ter a inquietude de se desenvolver, de traçar as suas próprias metas e desenhar a própria carreira e - por conta própria - se atualizar e se capacitar. 


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Fica cada vez mais claro que precisamos ser flexíveis e versáteis, e entendermos que a mudança é a única certeza daqui para frente e que não existe mais “jogo ganho” em nenhuma área de atuação.


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