O futuro precisa ser criado: o papel das lideranças

A Gestão de Pessoas precisa compreender o cenário, valorizar o que é humano e conduzir o processo de transição

No Espírito Santo, a competitividade global e a internacionalização de mercados é talvez o maior propulsor do modelo industrial 4.0. Em 2018, o Comércio Exterior gerou R$ 8,8 bilhões em exportações*, posicionando o estado capixaba como um dos mais receptivos do país. Para seguir avançando e ganhando em competitividade em mercados globais, a indústria precisa aderir à Transformação Digital.

Mas a Transformação Digital é um processo. Ao contrário do que muitos pensam, não basta simplesmente adquirir uma solução de tecnologia, plugar e começar a usar. O que está por trás deste processo de transformação, além da adoção é claro de novas tecnologias e processos, são as pessoas e a promoção de uma cultura pela inovação.

O que está por trás deste processo de transformação, além da adoção é claro de novas tecnologias e processos, são as pessoas e a promoção de uma cultura pela inovação.

A transição entre os modelos tradicional e digital está impactando diretamente a “vida” nas organizações. Todas as áreas, em todos os níveis já sentem o que é apenas o princípio de uma curva exponencial de evolução - acelerada e ascendente.

Neste sentido o desafio das lideranças é crucial, já que a transformação digital é, em grande medida, uma transformação cultural. Para conduzir processos de transformação e manter suas equipes e marcas competitivas no mercado, os líderes, mais do que nunca, precisam compreender e promover a cultura, os valores e o propósito das empresas e reunir a força de trabalho em torno destes pilares.

É fundamental trabalhar em equipe para ter sucesso. Ninguém faz nada sozinho. Esta noção precisa ser clara principalmente por que nem sempre os times estão reunidos fisicamente em um mesmo ambiente. O senso de pertencimento é fundamental, assim como compartilhar conhecimento. Compartilhar o que você sabe é mais importante que o quê você sabe. Assim é com o conhecimento e a gestão nos dias de hoje.

A superioridade das máquinas

As máquinas são muito superiores aos seres humanos na realização de tarefas repetitivas, análise de dados em massa, agilidade de cálculos e, para isso, são muito mais eficientes. Mas a máquina só realiza ou aprende aquilo que ela foi programada para fazer ou aprender.

A máquina é fria, e não julga e nem entende a emoção. É por isso que em um mundo mais digitalizado as soft skills são tão valorizadas. Facilidade para se expressar, empatia, carisma, senso de justiça e aspectos culturais são fundamentais para guiar equipes e promover times mais produtivos.

Somos diferentes das máquinas

Assim, é curioso observar que as habilidades necessárias para se destacar neste mercado em transição, atual e futuro, estão mais relacionadas ao ser humano e não à tecnologia. 

• Criatividade, curiosidade e vontade de aprender
• Comunicação e relacionamento
• Visão analítica e foco em resultado (solução de problemas)
• Senso de propósito e pertencimento
• Autonomia para lidar com responsabilidades
• Empatia e aceitação pela mudança
• Vivência cultural e experiência de vida
• Manutenção de hábitos saudáveis
• Agregar valor e ser apaixonado pela atividade
• Reunir as competências técnicas para a função

Oferecer soluções criativas para os problemas do mundo corporativo a partir do diálogo com as máquinas é fundamental. Principalmente em um cenário de mudanças aceleradas. Este futuro exponencial não é apenas uma consequência do presente. Nós precisamos criá-lo! Por isso, a exigência pela transição entre modelos. Visto desta perspectiva, o futuro é desafiador e bastante animador.

Se você é um líder, é provável que este cenário faça sentido. Em qual momento da transição digital você se encontra?

*Ministério da Economia

Jaciara Pinheiro | Diretora Comercial da RHOPEN Consultoria.