O impacto ambiental da indústria da construção civil – as estruturas em concreto armado.
A fabricação de cimento resulta na emissão de CO2, contribuindo com aproximadamente 5% das emissões humanas globais, geradas pela reação química da calcinação do calcário e a combustão dos combustíveis fósseis utilizados nos fornos.
Em média 0,7 toneladas de CO2 são produzidas por tonelada de cimento fabricado.
O cimento é o aglomerante ou “cola” essencial para a fabricação de concreto e também da maioria das argamassas de assentamento e revestimento das paredes.
Apesar dos seus conhecidos impactos ambientais negativos resultantes da sua fabricação, o concreto, segundo material em volume mais consumido no mundo, só perdendo para a água, possui também diversos benefícios reconhecidos.
As estruturas de concreto podem durar por séculos com custos de manutenção e reparos muito pequenos e ainda, ao fim da sua vida, pode ser utilizado como agregado.
Um edifício, executado com uma estrutura de concreto, corretamente projetada, é mais confortável do que um edifício equivalente com um material mais leve, por exemplo, o aço.
A estrutura de concreto reflete mais raios solares e menos calor é absorvido, o chamado “efeito albedo”, resultando em temperaturas mais frescas em suas redondezas.
Outro fator importante é absorção de CO2 com o passar dos anos pelas estruturas de concreto. Algumas recentes pesquisas internacionais estimam que valores de reabsorção são de ao menos 5% a até 16%, dependendo das condições de umidade, agregados utilizados, alcalinidade, etc., nas estruturas de concreto em contato direto com o ar, enterradas e também submersas.
Referente à produção de cimento, pesquisas consideram que possíveis formas de se reduzir às emissões de CO2 se dariam pela utilização de combustíveis alternativos pelas cimenteiras (a indústria nacional usa principalmente o coque um produto advindo do petróleo).
De maneira prática e atual a escolha do cimento menos nocivo também pode ser feita pelos consumidores e construtores. Os cimentos com adições, tipo CPIII e CPIV, disponíveis no mercado há algumas décadas, tem em sua composição níveis bem mais baixos de componentes emissores de CO2.
Resumindo: as estruturas de concreto ainda são a melhor alternativa econômica e tecnológica a ser utilizada em nossos edifícios.
Quanto ao atendimento aos conceitos de sustentabilidade, projetos bem executados, materiais e sistemas devidamente especificados são as soluções.
Os consumidores preocupados com a sustentabilidade devem se cercar de profissionais qualificados e informados que os orientem neste sentido quando da execução de projetos e construções.