O impacto da ciência na transformação digital - por Jefferson Plentz
Dentre os muitos desafios que o sistema de saúde nos traz, um deles é enxergá-lo de uma maneira mais crua e estatística, olhando os números de um lado e, de outro, a problemática do ciclo de prevenção, diagnóstico e tratamento, e como tudo isso afeta o paciente e o corpo clínico.
Ciente desse cenário, a techtools health vem dedicando seus esforços ao longo dos anos: trabalhando intensamente para conectar esses dados e ajudar a transformar o sistema de saúde, por meio da aceleração de soluções científicas, tecnológicas e inovadoras. Acreditamos seriamente que quando a ciência é utilizada de forma correta e aliada à transformação digital, o seu impacto é refletido nas vidas salvas, no sofrimento aliviado e na economia obtida com ganho de eficiência em protocolos e logística.
Para isso, desde o início da nossa trajetória, temos desenvolvido relações com diversos países, dos mais inovadores do mundo. Um exemplo é a Finlândia, que criou uma política pública de uso de dados de saúde e um mapeamento genético de mais de 98% da população, que tornaram aquele país responsável, hoje, por mais de 50% de toda a inovação em saúde que se cria na Europa.
O mesmo acontece com a Suíça que, hoje, segundo o ranking mundial de inovação, ocupa a primeira posição, além de grandes expoentes de inovação como Israel e Estados Unidos. Esses são exemplos de fortes parcerias internacionais, dentre os 38 países que mantemos relações e os mais de 100 centros de P&D que estamos conectados ao redor do planeta. Esse rico benchmarking nos ajuda a trazer parte dessas experiências para o Brasil.
Aqui, nosso principal parceiro estratégico é a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), bem como suas federações e os 1.824 hospitais, que formam hoje a maior rede privada de assistência em saúde do Brasil e segunda maior do mundo, oferecendo suporte imprescindível para viabilidade do SUS, sendo responsável pelo atendimento de mais de 50% da atenção primária e 70% da média e alta complexidade.
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O nosso desafio é digitalizar os hospitais filantrópicos, integrando a jornada do paciente e as linhas de cuidado, colocando em foco a relação paciente - corpo clínico para além dos muros dos hospitais, criando uma quarta camada de tecnologia, conectada ao prontuário, sistema de gestão hospitalar e ERP, de maneira a maximizar a cobertura eficiente de vazios assistenciais, perfis epidemiológicos e prevalência de doenças, ajudando a gerir melhor as relações entre a rede de serviços, fontes pagadoras, órgãos reguladores e gestores das políticas públicas de saúde nas esferas municipal, estadual e federal, usando a inovação como principal ferramenta de aceleração da transformação.
Na techtools health acreditamos que atuar com ciência, tecnologia e inovação para modernizar o sistema filantrópico é uma oportunidade de posicionar o Brasil de uma forma completamente diferente no atendimento à população mais carente, que é quem utiliza o SUS. É provocar uma transformação no SUS, por meio da escala de atendimento que hospitais filantrópicos oferecem e pelo salto de eficiência que as instituições vão ganhar.
Porém, vale ressaltar o mais importante: quem realmente ganha é o sistema de saúde, o paciente e o corpo clínico, que com a digitalização, passam a ter uma relação muito mais eficiente. E, nossa função, é contribuir para facilitar essa conexão.
Jefferson Almoualem Plentz, presidente e fundador da techtools health
Sócio proprietário na Blue Door Tech
1 aJefferson, obrigado por compartilhar!