O impacto da inteligência artificial na saúde: uma revolução em andamento

O impacto da inteligência artificial na saúde: uma revolução em andamento


A inteligência artificial (IA) está revolucionando o setor de saúde, proporcionando avanços que transformam a interação entre pacientes e profissionais, além de otimizar a gestão dos sistemas de saúde. Essa revolução digital remodela o cuidado ao paciente, tornando-o mais integrado e eficiente. Destaca-se a capacidade da IA de superar a precisão humana na identificação de doenças, atribuir pontuações de risco e reorganizar a ordem de atendimento médico, garantindo que os casos mais urgentes recebam atenção prioritária. Em situações de discrepância diagnóstica, a IA encaminha para revisão adicional, minimizando erros humanos.

A aplicação da IA na saúde ocorre em três áreas principais: diagnóstico, terapias e administração. No diagnóstico, a ferramenta utiliza técnicas avançadas de imagem, genômica e medicina preditiva para detectar doenças com maior precisão, empregando algoritmos de aprendizado de máquina para análise de imagens médicas. Nas terapias, a IA contribui para o desenvolvimento de biotecnologias, próteses e robótica, aprimorando os tratamentos disponíveis. Essa precisão é fundamental para criar planos de tratamento eficazes, baseados em evidências e dados médicos, personalizados para cada paciente.

Na administração, a tecnologia generativa aumenta a eficiência operacional dos sistemas de saúde, otimizando recursos e tempo. As organizações adaptam essa ferramenta às necessidades da gestão hospitalar, incluindo funções como gestão de leitos, agendamentos, prontuários e controle de estoque de medicamentos. Isso não apenas reduz custos, mas também aumenta a produtividade e a qualidade do atendimento.

Para os pacientes, a transformação digital trouxe um empoderamento sem precedentes. Com acesso instantâneo a informações médicas por meio de prontuários eletrônicos, os pacientes podem gerenciar melhor sua saúde e tomar decisões informadas. O monitoramento proativo e a prevenção personalizada, possibilitados por aplicativos móveis e dispositivos vestíveis, permitem um acompanhamento contínuo da saúde, promovendo um estilo de vida mais saudável e preventivo.

Ressalta-se ainda que inovações como consultas médicas conduzidas por voz ou videochamada permitem que os médicos se concentrem mais no paciente durante a consulta, enquanto alimentam os prontuários em tempo real, melhorando significativamente a qualidade do atendimento.

A força inovadora e disruptiva da IA redefine paradigmas no cuidado ao paciente. A tecnologia generativa não é apenas uma ferramenta auxiliar; ela se tornou um pilar essencial na prestação de cuidados de saúde mais eficientes, personalizados e humanizados. Essa mudança paradigmática é evidenciada pela capacidade da IA de analisar grandes volumes de dados para individualizar a experiência do paciente, desde a recepção até a alta hospitalar, oferecendo comunicação direcionada e serviços individualizados que antes eram impensáveis.

A transição para um ambiente sem papel, ou ‘paperless’, é outra área em que a IA faz diferença notável. A adoção de assinaturas eletrônicas, certificação digital e gestão eletrônica de documentos não apenas torna as operações mais eficientes, mas também contribui para a sustentabilidade ambiental, reduzindo o desperdício e promovendo práticas mais verdes.

Olhando para o futuro, a saúde conectada e colaborativa é o horizonte que estamos nos aproximando. A transformação digital na saúde não é uma moda passageira, mas uma revolução contínua que já redefiniu a maneira como cuidamos de nós mesmos e uns dos outros. Colocando o paciente no centro do cuidado, empoderando profissionais de saúde e otimizando as operações das instituições, a IA pavimenta o caminho para um futuro em que os cuidados de saúde serão mais personalizados, baseados em dados e históricos médicos precisos.

Gustavo Audoeno , COO do Grupo Vivhas .


Tecnologia e Solidão: Como as soluções tecnológicas têm sido essenciais na saúde mental das pessoas


A solidão, um sentimento profundo de desconexão e isolamento, é uma realidade crescente na sociedade moderna. No entanto, em meio a este desafio, a tecnologia emergiu como uma aliada poderosa na promoção da saúde mental e no combate à solitude.

Podemos dizer que a tecnologia tem uma dualidade intrínseca em relação à solidão. Por um lado, o uso excessivo de redes sociais, a dependência de dispositivos móveis e a comunicação virtual em detrimento das interações face a face podem contribuir para sentimentos de isolamento. Por outro lado, a mesma tecnologia, quando utilizada de forma consciente e estratégica, pode conectar pessoas, fornecer suporte emocional e facilitar o acesso a recursos de saúde mental.

Embora criticadas, as redes sociais e plataformas de mensagens instantâneas têm um papel significativo na manutenção de conexões sociais. Para muitas pessoas, especialmente aquelas com mobilidade reduzida ou que vivem em áreas isoladas, essas ferramentas são vitais para manter contato com amigos e familiares. A chave está em utilizá-las de forma equilibrada, evitando o uso excessivo que pode levar à comparação social negativa e ao isolamento.

Além disso, durante a pandemia de COVID-19, aplicativos de videoconferência como Zoom, Skype e Google Meet tornaram-se essenciais para manter as conexões sociais. Essas plataformas permitem interações mais ricas e pessoais do que mensagens de texto, ajudando a reduzir a sensação de solidão. Reuniões virtuais, chamadas de vídeo com familiares e amigos e eventos online são maneiras eficazes de manter um senso de comunidade e pertencimento.

Não podemos deixar de lado os aplicativos que têm como objetivo juntar um grupo de pessoas com interesses em comum. Diferente dos tradicionais, eles incentivam a formação de turmas para atividades variadas, como jantares, passeios ao ar livre, festas, jogos e até viagens. Isso não só amplia as oportunidades de interação social, mas também reduz a pressão e a ansiedade associadas aos encontros individuais, tornando as interações mais naturais e divertidas.

Hoje em dia, existem diversas soluções que são exemplos por ter ajudado milhares de pessoas ao redor do mundo a se conectarem e formarem comunidades. Esses apps têm sido particularmente úteis para indivíduos que se mudaram para novas cidades, proporcionando uma maneira fácil e acessível de conhecer novas pessoas e se integrar à comunidade local.

A tecnologia, quando usada de maneira consciente e estratégica, tem um papel vital na promoção da saúde mental e na redução da solidão. Ferramentas de conexão social, são apenas algumas das maneiras pelas quais a tecnologia está transformando a forma como lidamos com a solidão. À medida que continuamos a explorar e desenvolver essas inovações, é crucial manter um equilíbrio saudável, garantindo que a tecnologia seja uma ponte para a conexão humana e o bem-estar emocional, e não uma barreira.

Jean Bortoleto , Country Manager da Timeleft .


A saúde exige cuidados que somente uma gestão eficiente e centralizada é capaz de oferecer


O sistema de saúde brasileiro enfrenta hoje um enorme paradoxo: enquanto pacientes frequentemente reclamam do atendimento, os planos de saúde são considerados caros, as operadoras de saúde reportam déficits financeiros e os médicos recebem pouco a cada consulta. Não quero aqui entrar no mérito de quais motivos levam a essas considerações discrepantes, mas o fato é que a balança da saúde encontra-se claramente desequilibrada e mudanças são necessárias para corrigir o cenário.

Diante deste contexto, uma gestão integrada pode ser a chave para alcançar eficiência, qualidade e sustentabilidade nos custos da saúde. Isso porque, a integração permite uma visão holística dos processos, o que possibilita a identificação de gargalos e a implementação de melhorias contínuas nas diferentes áreas da saúde.

Há de se destacar ainda que esse tipo de gestão promove a padronização. Padronizar significa que todos os procedimentos seguem protocolos estabelecidos, reduzindo variáveis que podem comprometer a qualidade e a segurança do atendimento. Além disso, um gerenciamento eficaz facilita a integração de tecnologias avançadas, assim como aumenta a capacidade de resposta e reduz custos operacionais drasticamente.

A questão financeira, aliás, vale uma análise à parte. Embora exista um paradigma predominante na saúde que associa corte de gastos a impactos negativos, é preciso deixar claro que estamos falando de custos que serão deixados de lado por conta da maior produtividade operacional. Ao eliminar desperdícios e possíveis redundâncias, é possível gerar um atendimento mais qualificado e econômico a longo prazo. Até porque, uma gestão ineficiente, com diversos fatores como objetivos e prioridades distintas, traz desperdícios, custos desnecessários e prejudica toda a cadeia do cuidado.

A pandemia de COVID-19 trouxe à tona a necessidade urgente de uma gestão mais eficiente na saúde. Hospitais, clínicas e profissionais se viram no limite de suas capacidades, o que evidenciou que a saúde precisava avançar não apenas na rapidez do atendimento, mas na redução de custos e na melhoria dos processos médicos. Esse cenário caótico demonstrou a importância de passos estratégicos e a adoção de novos recursos e soluções rumo a uma gestão mais competente.

Tecnologia como fator preponderante

E já existem fatores que serão, sem dúvida alguma, essenciais para esse esforço em busca de maior eficiência. A tecnologia, por exemplo, assume um papel crucial na dinâmica de transformação. Além de aprimorar os próprios recursos médicos em si, ela permite a automação de processos. Dessa forma, é possível afirmar que a chegada de novas soluções trazem agilidade na rotina e a possibilidade do uso da mão de obra humana para atividades mais relevantes, algo essencial para a área do cuidado assistencial

Mais do que isso, há de se ressaltar ainda que o uso de ferramentas tecnológicas ajuda na melhora da capacidade de tomada de decisões estratégicas, o que torna o atendimento médico mais assertivo e qualificado como um todo.

A digitalização da saúde precisa ser amplificada ainda pelo uso da Inteligência Artificial (IA). Embora ainda incipiente e em fase de muitos testes, ela promete revolucionar o setor, proporcionando análises mais precisas e suportes diversos às atividades em Saúde. Ou seja, a adoção de IA deve transformar a gestão operacional e gerar ganhos significativos em eficiência.

Tempo de mudança

Não há dúvidas de que o cenário atual da medicina brasileira exige mudanças. Hoje, o principal desafio passa pelo alinhamento de todos os stakeholders da área – operadoras, SUS, hospitais, médicos, clínicas e pacientes – em busca de uma qualidade maior. Atualmente, o que temos é um diálogo fragmentado, onde cada parte defende seus próprios interesses, o que resulta em um sistema caótico e oneroso para todos.

O desafio de equilibrar os interesses dos diferentes players é real, mas não insuperável. Até por isso, a integração da gestão operacional não se trata de concentrar poder em um único local. É fundamental que o processo seja participativo e transparente, envolvendo todos. A comunicação clara e constante será essencial para construir confiança e garantir o alinhamento dos objetivos. A integração de diferentes perspectivas enriquece a tomada de decisões e certifica que as soluções implementadas atendam às necessidades como um todo.

Rogério Guariniello , Diretor Geral do HELP.

Saúde Digital News obrigado pela oportunidade de falar sobre este assunto fundamental para os dias de hoje e vital em um breve futuro.

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