O IMPACTO DO CORONAVÍRUS NO AGRONEGÓCIO

O Agro não para! Homens e mulheres do agro não podem parar. O novo Coronavírus (Covid-19), tem trazido inquietude entre as pessoas, as empresas e ao mercado. Efeitos incalculáveis de vidas, famílias e na economia mundial. É um momento de acessar os valores pessoais e nos negócios, rever estratégias e proteger dos efeitos adversos dessa crise.

Em todo o mundo a agricultura é força, esperança e a certeza que dias melhores virão. O setor agrícola é a promessa econômica de todos neste momento. A Confederação da Agricultura do Brasil (CNA), acredita que a produção, comercialização, armazenagem e logística deve permanecer sem grandes alterações.

O plantio não aguarda e a colheita não pode ser adiada. Mesmo com a queda nos preços internacionais, mas com a forte valorização do dólar, os preços reais não foram impactados. A alta da moeda norte-americana contribuiu com os embarques do grão.

Com o impacto do coronavírus os produtores de soja estão apontando um patamar ainda satisfatório. A consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio, aponta em relatório que em outro cenário, existiria espaço para aumento de preços. Isso porque, até o momento, não houve retração: “A China está voltando a demandar mais e as importações do país cresceram 14,2% no 1º bimestre de 2020 ante o mesmo período do ano passado”, afirmou Carlos Cogo, analista de mercado. Com isso, as importações da China seguem concentradas no Brasil.

Pela perspectivada do relatório do USDA, Departamento de Agricultura dos EUA, há uma previsão de aumento das importações mundiais de 145 milhões de toneladas para 150 milhões de toneladas na Safra 2019/20, que gera um estoque mais apertado em 2020.

Por isso, é importante afirmar: quem planta no Brasil e no mundo não pode parar. A queda do índice Bovespa, e olhando para o cenário do real, a sua desvalorização em relação ao dólar gera pontos negativos e positivos. E isso está acontecendo em todos os mercados. No agro, matérias-primas para produção de insumos químicos mais caros, devido ao encarecimento de produtos importados. Mas, existe uma melhora dos preços em real, especial de commodities.

O surto do coronavírus afetou o mercado chinês, que deu o alerta ao cenário econômico brasileiro. As fábricas chinesas de insumos agrícolas foram impactadas pelo COVID-19 e consequentemente o fornecimento dos produtos. Apesar dessa projeção, o setor produtivo ainda não registrou nenhuma disrupção nas exportações, bem como nos embarques. Os produtos de exportação ficam mais competitivos.

Mais do que nunca, o agro mostra a sua força. É possível ver de maneira clara que a cidade não consegue sobreviver sem o campo. A importância do setor foi destacada, inclusive, pelo ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta: “Sem alimento, não adianta a gente fazer luta. Quem está segurando a economia desse país é o agro”. Os agricultores seguem firmes e cientes da sua responsabilidade de produzirem alimentos para todos. Hoje, é um momento de nos unirmos, mas de uma forma diferente. Sem contato físico. Com consciência e segurança o agro não pode parar.