O líder que todos nós esperamos: que cobra, mas que nos ajuda a crescer

O líder que todos nós esperamos: que cobra, mas que nos ajuda a crescer

Esse texto não é sobre futebol. Ele é sobre liderança!

Algo histórico está acontecendo no esporte nacional. O time do Flamengo, fugindo da tradição do futebol brasileiro, contratou um técnico europeu, há alguns meses.

Sob o olhar de desconfiança e com alguns pequenos erros de adaptação no início do trabalho, o treinador português Jorge Jesus, aos poucos, foi implantando sua filosofia.

A base da sua metodologia: Tirar o melhor que cada um pode dar!

Com olhar clínico, trabalha a individualidade de seu time, entendendo com profundidade as características pessoais, exigindo o melhor e potencializando o que cada um tem de bom.

Às vezes, de forma equivocada, muitos pensam que as pessoas não querem ser cobradas. Sim, existem alguns que não gostam. Mas, na verdade, a maioria não quer ser cobrada injustamente...

Um bom líder te analisa, te entende e busca tirar de você o que você tem de melhor, a favor do time e dos resultados. Prestar atenção em você, entender suas melhores qualidades e te cobrar para fazer ainda melhor, ao contrário do que alguns pensam, pode ser muito estimulante, desafiador e um bom método de desenvolvimento.

Pouco inteligente é ser cobrado por algo que não se pode entregar

Jorge Jesus fez com que alguns jogadores, antes execrados pela torcida, fossem aplaudidos de pé no Maracanã. A partir de suas observações pessoais, trocou vários jogadores de posição, aproveitou os talentos de cada um e os tirou daquilo que não faziam bem, preenchendo algumas lacunas.

“Tá mal Arão! Tá mal Arão!” –  A frase dita por ele ao ex-patinho feio da torcida viralizou depois de um treinamento. Hoje, ele é um jogador indispensável para o time e para a torcida.

Recuperou o ex-zagueiro São Paulino Rodrigo Caio, que saiu de lá bem desprestigiado.

Levou para o time um jogador que estava na segunda divisão espanhola e que ninguém conhecia. Pablo Mari é hoje um dos melhores zagueiro em atividade no Brasil.

Pegou um meia atacante “serelepe” no início de carreira e, aproveitando suas características, o fez cuidar da saída de jogo do Flamengo. Gerson, com nome de craque, em breve também vestirá a amarelinha.

Esses, entre vários outros nomes, são as "novas estrelas" moldadas por Jorge Jesus.

Revolucionário, exigente e aproveitador de talentos. Mister tem provado que os técnicos brasileiros, do estilo paizão ou amigão da galera e que pensam só no ambiente e não no resultado, podem ser muito bons a curto prazo. Mas, eles podem fazer com que seu time não se desenvolva e cresça.

Hoje, o time rubro-negro tem seus jogadores, quase que na maioria, cotados para a Seleção Brasileira e de seus países natais. Além disso, vários deles estão vivendo a melhor fase das suas carreiras.

E, falando em Seleção Brasileira, será que está na hora de mais uma ideia disruptiva e mais uma quebra de paradigma? O Brasil nunca teve um técnico estrangeiro no seu comando. Mas, até que ponto a nacionalidade de uma pessoa determina o seu valor? Esse é mais um preconceito, que nossa sociedade em evolução, tem que jogar por terra...

Se depois de 20 anos quisermos voltar a ser Campeões no Mundo, no Qatar em 2022, por que não considerar o portuga liderando o nosso Brasil!?

Saber tirar o melhor de cada um de seus atletas, ele já provou que sabe fazer... E, imagine ele fazendo isso com os melhores jogadores do Brasil!?

Nosso personagem confronta a imagem e estigma do líder boa gente e paternalista, aquele que não cobra e que deixa para lá. O líder tranquilo e boa praça pode não contribuir para as nossas vidas e carreiras.

Líderes de verdade nos transformam, nos desenvolvem e nos fazem crescer!

Basta ouvir as entrevistas dos jogadores do time rubro-negro que fica claro, de forma quase unânime, o que estou descrevendo nesse texto.

Se o time vai ganhar tudo e se vai ser campeão, não sei dizer. Na verdade, nem faz diferença... Mas, o legado que Jorge Jesus está deixando no futebol brasileiro não pode ser desperdiçado e, muito pelo contrário, deve ser aproveitado em vários aspectos, inclusive no mundo corporativo.

Me conte! Você prefere aquele líder boa gente, que não te enche muito o saco, mas que te deixa mais solto? Ou prefere aquele que te dá ferramentas e oportunidades, descobre junto contigo aquilo que você é bom e te cobra melhoria constante, o tempo todo?

Que líder você gostaria de ter ou de ser? Quer ficar “de boa” ou quer crescer?

Sorte é de quem tem líderes que sabem desenvolver e explorar o máximo do seu potencial!

Escreva aqui nos comentários ou por mensagem direta suas reflexões e experiências sobre o assunto e com seus líderes ou liderados. Vamos juntos nos aprofundar neste assunto!

Cicero Andrade

Psicólogo Especialista em Estratégias de Carreira e Mudanças | Mentor de Executivos | Fundador de O Sabático | Coach Membro da ICF Portugal

3 a

Saudades do JJ!

Sandoval Feitosa

Diretor-Geral na ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica Presidente da RELOP - Associação de Reguladores de Energia dos Países da Lingua Oficial Portuquesa

5 a

Cicero Andrade seus comentários e avaliações dos aprendizados trazidos pelo técnico e líder português foram precisos e totalmente aderentes ao mundo corporativo.

Maria Teresinha

Consultor de projetos (Autônomo)

5 a

Muito a aprender c este líder.

Julio Cesar Bezerra

Supervisor de Vendas e Distribuição B - Canal Indireto Regional RJ

5 a
Paula Franco

Sócia / Diretora na Acquamare.

5 a

Ana Catharina Crahim de Mello

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