O Lado Bom da Quarentena

O Lado Bom da Quarentena

Nessa semana resolvi sair novamente com meus filhos. Além das saídas solitárias para ir ao supermercado ou ao posto de combustíveis, lugares que estão liberados e que aparentemente o vírus não circula, temos obedecido com bastante disciplina as recomendações para permanecer em casa.

Ocorre que também foram classificados como local imune ao vírus as atividades ligadas a beleza e nós três precisávamos cortar o cabelo. Lá se iam mais de 100 dias que os fios cresciam indistintamente.

Decidi dar um fim nessas melenas grandes e rebeldes, aproveitando os últimos dias da redução de horário de trabalho, agradecido por minha redução ter sido inferior a 100%.

Todo o ritual para sair de casa, álcool gel, máscara e distanciamento das pessoas.

Chegando ao destino, o local estava com movimento reduzido, com a maioria dos profissionais socializando pelas redes em seus celulares, o que demonstra uma redução impressionante no faturamento, dado que nessa época do mês era comum aguardar por 2 ou 3 clientes terminarem seus atendimentos, independente do profissional que iria atender.

Recebi a notícia de que precisaríamos permanecer de mascaras, então desisti de fazer a barba (iria ter trabalho ao voltar para casa). Com essa decisão acabei terminando minha aventura antes dos guris.

A permanência no local é permitida, então me sentei nas cadeiras da recepção, intercaladas por fitas zebradas em preto e amarelo, e fiquei observando meus guris.

Pude perceber como são diferentes. Enquanto meu filho mais velho estava indeciso sobre o corte, se cortava mais baixo ou se deixa um pouco mais de volume, meu filho mais novo sabia exatamente o que queria, cortar pouco para deixar o cabelo comprido e ficar igual ao Thor.

Numa geração que defende a diversidade, eu pude perceber o quão divergente são meus próprios filhos. Não bastasse o hiato de tempo de 8 anos entre o nascimento de um de outro, eu e a mãe deles também temos uma visão de mundo diferente hoje do que tínhamos há alguns anos, ainda bem que nós evoluímos e o ambiente como um todo está mudado. Só a evolução em tecnologia neste intervalo é gritante, apenas para ficar em um aspecto.

E eu ali embriagado com as pequenas surpresas descobertas na simples observação de um evento cotidiano, que não fosse pela quarentena, eu não estaria ali, provavelmente estaria no transito, voltando para casa depois de um dia de trabalho e essa atividade seria feita na companhia da mamãe.

Seguindo as observações, vi meu filho menor dispensando o banquinho auxiliar e dizendo: “não sou mais bebê, né pai?”, vi os fios de bigode, as costas alargando, o pé com um numeração quase igual a minha e o rosto de homem do meu filho mais velho se formando.

Taí, tudo nesta vida tem dois lados. E há um lado bom na quarentena: poder curtir de perto o crescimento dos filhos.

Alice Helena Silva

Comercialização, Captação Produção e Organização de Eventos | Viagens Corporativas |

4 a

Eu só me dei conta deste lado tão bom, agora. Tenho esses mesmos olhos para a minha filha, que privilégio este, de continuar trabalhando no que gosto, segura em casa, e também, estar tão perto, acompanhando o seu desenvolvimento. É o copo meio cheio, chegando nas minhas mãos 😏

Rafael Guedes da Luz

Diretor / Gerente de Divisão / Gerente Sênior de Produto / Gerente Executivo Comercial / Marketplace / Startup

4 a

Sem dúvida Artemio, essa proximidade com os filhos além de muito boa nos faz também pensar em como manter isso de maneira mais frequente quando tudo voltar aquilo que chamávamos de normal!!!

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