O LADO TRÁGICO E PERVERSO REVELADO PELA PANDEMIA NO BRASIL!
Tatsumi Roberto Ebina
Pensando no número de mortes que a imprensa considerou recorde no Brasil e que na minha opinião é só consequência de tudo que estamos vivendo de mais trágico e perverso já experimentado neste País e voltei a pensar nos INDICADORES DE EFICIÊNCIA - mortos x infectados (1) e recuperados x infectados (2), tanto no Brasil como no Mundo que eu venho acompanhando com os números reais publicados no Worldometers.info publicados no dia 20-05-20. São percentuais e por isso mesmo traduzem um indicador médio da situação como um todo, mas que, comparados com outros países podem nos dizer como andamos frente ao que o mundo está fazendo e com isso poderemos aprender o que e o que não fazer.
Encontrei os seguintes dados e vamos a eles:
(1) Mundo: Mortes, 6,4% (325.325 - 5.008.368); Brasil: 6,6% (aqui já evoluímos 2 pontos percentuais da última medição que realizei no início de maio (17.983 - 271.885). Este indicador deveria DIMINUIR pelo aprendizado que os profissionais de saúde aprenderam ao longo da vivência da pandemia. Percebam que embora pequena a tendência é de queda.
(2) Mundo: Recuperados, 39,4% (1.975.774); Brasil: 39,2% (106.794), também aqui evoluímos quase 3 pontos percentuais, desde minha ultima medição. Este indicador deveria AUMENTAR pelo aprendizado que os profissionais de saúde aprenderam ao longo da vivência da pandemia. Percebam que embora pequena a tendência é de aumento. Outra boa noticia!
Existem países com nível de eficiência de recuperados da ordem de 89%, caso da Alemanha, sem mencionar a Nova Zelândia 96%, um exemplo para o mundo todo e os Estados Unidos (o epicentro da pandemia) é de 22,8%. Lembre-se que estamos em 39,4%.
Quanto ao indicador de morte por milhão nós temos uma posição de 85 mortes por milhão, a Alemanha 98, os USA 283 e a Nova Zelândia 4.
Na mesma ordem o índice de mortalidade: Alemanha: 4,6%, USA 5,95% e Nova Zelândia: 1,39% e o Brasil 6,4%. Aqui somos nesta comparação o pior caso, o que dá uma ideia de que talvez não estejamos aprendendo com o que os outros países estejam fazendo ou os nossos recursos não sejam tão eficientes como os deles. A investigar melhor o atendimento médico e os protocolos utilizados.
Para que servem estes dados? Para observarmos que comparativamente ao mundo não estamos a tragédia que os jornais evidenciam, todos os dias, gerando um onda de terror sem precedentes, embora lamentemos todas as mortes ocorridas temos que enaltecer o esforço dos servidores da saúde, que de fato, são aqueles que estão enfrentando a crise existente de frente. Toda honra e toda glória a eles!
Algumas constatações que eu tiro: Não é o tamanho da população que pesa. É a ação tomada pelas autoridades responsáveis que podem ampliar ou minimizar os efeitos do Covid-19. Isto é o que falta em nosso País.
Esta pandemia revela o que nós temos de mais nefasto e trágico em nosso país, pois, vemos os trabalhadores iniciativa privada ampliando o desemprego ou reduzindo os seus salários, enquanto isso o funcionalismo público, políticos, juízes em todas as instâncias, vereadores, prefeitos, governadores, congressistas, ministros e assessores e penduricalhos e até mesmo o Presidente, com raríssimas exceções, não dão nenhuma contribuição para a minimizar os efeitos econômicos da pandemia e excluamos também os servidores da saúde. Cadê o sacrifício deles em nome do Brasil? Estão todos no conforto de suas casas e recebendo regiamente suas remunerações e regalias.
O que vemos e sentimos é a incompetência dos serviços públicos prestados em todas as instâncias em retorno ao que contribuímos com impostos. Mordomias em todos os estágios da administração pública, denuncias de corrupção por parte de governadores, prefeitos, congressistas e vereadores, pasmem, ganhando vantagem em cima de cadáveres, a lentidão da justiça que se já era lenta, agora está devagar quase parando como o FIQUEM EM CASA! Se já era ruim ficou pior!
E sabemos hoje que vários modelos de gestão experimentais e aplicativos, hoje existentes, tem trazido à tona a possibilidade de mais agilidade, mais inovação e sermos incrementais nos resultados, principalmente no serviço público, utilizando a tecnologia que hoje está à disposição. Um exemplo maravilhoso foi o aplicativo da CAIXA para pagar o bônus para todos os profissionais da covid-19, mostra que podemos sim fazer mais, melhor e com menos.
Para isso, reforma administrativa já, reforma tributária já, reforma politica já, reforma no sistema judiciário já, término de mordomias já, termino de assessores já, termino de adicionais já. Vamos dar um tratamento único e igualitário e digno a todos os brasileiros. Tudo isso que estamos vendo com a pandemia traz uma única certeza de que poderemos sair muito melhor quando ela acabar. Poderemos construir um Brasil muito melhor do que ele é. Poderemos criar um verdadeiro propósito pós pandemia – um Brasil mais igualitário e justo, centrado no mérito. Um país que não cometa o pecado do capitalismo que acerta na produção de riquezas e que erra na distribuição e, tampouco, socialista que é bom na distribuição mas, peca na geração de riquezas. Eu creio que todos nós sabemos o que devemos fazer, não é mesmo?
Embora tenhamos a lei da oferta e da procura será que podemos ser mais solidários como muitos pessoas e organizações estão fazendo, distribuindo cestas básicas e dando apoio moral e psicológico a muitas pessoas que necessitam.
É para isso que temos de usar os nossos votos e manifestar nossa indignação diretamente aqueles em quem votamos! Lembram-se deles! Vamos agir conscientemente!
👏👏👏