O Lobo do Homem
A intolerância continua escrevendo histórias, derramando sangue, dividindo territórios, destruindo amizades, levando empresas à falência, provocando segregação, dor e caos. Como sozinho não se vai ao longe, ela costuma andar de mãos dadas com um dos piores vícios morais: o orgulho.
Estamos cegos diante dos nossos próprios olhos, não obstante à nossa capacidade de enxergar além deles. Elevamos a nossa característica de unicidade para além dos degraus da sabedoria e nos perdemos de nós mesmos, desvirtuando-nos do nosso propósito maior, o de convivermos como irmãos.
Fomos criados desde sempre para sermos uma completude de ideias, mãos entrelaçadas que labutam, lábios uníssonos na prece. Na teoria, porque na prática caminhamos a passos lentos. Em tese, julgamos demais e construímos as nossas próprias regras. Somos o nosso próprio Deus e Juiz do herói e bandido que habita em nós, em uma eterna dualidade.
Na vida nada se diz de perdido, mesmo que em dado momento não compreendamos o seu significado. Na vida não há desprezíveis. Nenhum fato ou comportamento deve ser sentido ou analisado individualmente posto que, o que nos rege, o faz de forma interdependente. Afinal, nós não precisamos de muita coisa, nós só precisamos de nós mesmos.
Canalize a sua singularidade para o coletivo. Desfaça-se da Santidade Divina que embaça os seus sentidos. A vida sempre agirá a favor de nós se a favor do próximo agirmos. É a lei de ação e reação, de causa e efeito, de merecimento. Entre encontros, desencontros e reencontros existem muitas possibilidades. Haverá perca nos ganhos e ganhos nas perdas. Mas se houver lábios que afagam a despeito de mãos que apedrejam, haverá aprendizado em tudo.
Emília Moraes
18/05/2020
Propagandista Vendedor | Eurofarma
4 aEmília, parabéns pelo tema escolhido, uma reflexão bem oportuna.👏👏👏👏
Gerente Distrital | Indústria Farmacêutica | Demanda | Vendas | Liderança | Gestão de Pessoas e Negócios | Mentora
4 aQue texto! Bela reflexão, Emília, sobre o sentido da vida e suas nuances. 👏🏼