O mercado hoje, 07/08/2019
ÁSIA: As bolsas da região Ásia-Pacífico fecharam sem direção na quarta-feira, com os investidores observando atentamente o yuan chinês, em meio a uma crescente disputa comercial entre os EUA e a China. O Banco Popular da China (PBOC) estabeleceu a referência oficial do ponto médio do yuan em 6,9996 por dólar, ligeiramente mais fraco do que as expectativas do mercado. O banco central da China permite que a taxa de câmbio aumente ou caia 2% a partir desse número. O yuan quebrou o nível de 7 contra o dólar na segunda-feira, provocando frenesi em todo o mundo e levando o Departamento do Tesouro dos EUA a rotular a China como um manipulador de moedas. “A decisão do (presidente chinês) Xi Jinping para permitir que o yuan mergulhe um pouco é o equivalente chinês a um tweet,” disse o ex-secretário de Estado adjunto para o Leste Asiático e Pacífico, Daniel Russel. “É um sinal para os EUA, é um sinal para Donald Trump. Ele acrescentou: “Ei, se você quiser brigar, vai tomar uns socos também. A China não vai rolar, a China é um país grande, uma grande economia e politicamente simplesmente não se deixará intimidar". A rupia indiana negociou em alta de 0,5% em relação ao dólar, com o banco central da Índia cortando as taxas de juros pela quarta vez consecutiva, reduzindo em 0,35% para 5,40% num intuito de fortalecer a economia, com os gastos do consumidor e investimentos corporativos caindo e a produção de capital bens e bens de consumo duráveis desacelerando. O banco central neozelandês também reduziu sua taxa de juros para uma baixa histórica de 1% na quarta-feira, devido previsões de condições econômicas mais difíceis à frente. O corte de meio ponto percentual foi uma surpresa, com a maioria dos economistas prevendo um corte de 0,25%.
EUROPA: As bolsas europeias operam em alta nesta quarta-feira, com o arrefecimento da guerra comercial EUA-China após tentativa de estabilidade da moeda chinesa. O setor bancário está em foco à medida que o índice bancário europeu atingiu o menor nível em um ano, levantando preocupações sobre taxas de juros mais baixas. Commerzbank registrou um lucro líquido no segundo trimestre de 271 milhões de euros (US $ 303,79 milhões), próximo dos números do período do ano passado, mas superou os 217 milhões de euros esperados pelos analistas. As ações do banco alemão caiam 5% nos primeiros negócios. A produção industrial alemã caiu em um ritmo muito mais acentuado do que o esperado em junho, alimentando temores de que a maior economia da Europa possa estar caminhando para uma recessão. A produção industrial caiu 1,5% no mês, superando em muito uma queda de 0,4% prevista.
EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA operam em alta na manhã de quarta-feira, apontando que Wall Street está pronta para continuar a recuperação iniciada na sessão anterior, já que vários bancos centrais globais adotaram políticas de dinheiro fácil em face a um aumento do conflito comercial entre Pequim e Washington. Sinais de que a China está entrando para estabilizar o yuan parecem ter ajudado a acalmar as preocupações dos investidores com uma guerra cambial global na quarta-feira. Isso ocorreu depois de uma forte pressão de venda no início da semana. Na agenda de dados dos EUA, os pedidos de hipoteca semanais são esperados às 8h00, enquanto os números do crédito ao consumidor para junho serão divulgados às 16h00. Em notícias corporativas, a CenterPoint, a NRG Energy e a Teva Pharma estão entre algumas das principais empresas que devem relatar seus últimos lucros trimestrais antes do início do pregão. A Booking Holdings, a Fox Corp e a AIG devem divulgar seus últimos números após o fechamento do mercado.
BRASIL: . No Brasil, Câmara aprova previdência em 2º turno com 370 votos a 124, pouco abaixo dos 379 x 131 do 1º turno e Maia espera rejeição dos destaques hoje e diz para o Valor que não espera surpresas, e para o Globo diz que após a aprovação o presidente da câmara diz que o governo está mais próximo ao Congresso. No Senado, reforma poderá ser aprovada até fim de setembro com PEC paralela para estados e municípios. Humor positivo com votação tem contraponto com resistência de políticos ao fim da publicação obrigatória de balanços em jornais, com políticos donos de veículos de comunicação se mobilizando contra medida provisória de Bolsonaro que desobriga a publicação. Privatização volta à cena com Petrobras à espera de oferta por Liquigás.
DOLAR: Encontrou topo nos prometidos 3.993 do relatório anterior, sem ter força para ir à ultima projeção em 4.015, e sinaliza estar formando um padrão de correção do movimento de alta, com objetivo na região dos 3.940. Tem como suporte imediato os 3.960, e abaixo disso toca nos citados 3.940, região forte e importante, que se perdida coloca mais pressão vendedora ate os 3.922 e depois fecha o gap em 3.902,. Resistencia imediata em 3.974 e depois teste em 3.980 antes de tocar novamente o topo em 3.993, região que se rompida abre espaço para os prometidos 4.013.