O MEU caminho para a comunicação

O MEU caminho para a comunicação

Nosso Brasil faz o jovem de 16 anos fazer sua escolha de vida ao prestar vestibular, na época que prestei o meu não tinha ideia do que queria, como uma boa parte de hoje em dia, em virtude disso fiz inscrições em diversas universidades para diversos cursos, sete no total. Direito, Publicidade, Relações Internacionais, Jornalismo, Mídias Sociais e Ciências da Computação. Passei em algumas, em outras não, e dentre as que havia passado optei por prestar Ciências da Computação. Lembro demais que naquela época tive um momento de serenidade absoluta em que pensei:

“Vou fazer Computação por que o curso me abre uma margem para trabalhar em várias áreas”.

Foram passando os anos do curso e todas as oportunidades que surgiam na época eram o que o mercado da minha cidade queria, o chão fabril do século 21, desenvolvedores. Já estava finalizando o curso e tudo que havia trabalhado era nessa área, não existia entrada no mercado de outra forma que não fosse desenvolvimento. Basicamente tinha feito 4 anos de um curso, visto diversas disciplinas interessantíssimas que não iam ser aproveitadas.

Pra que diabos eu estou fazendo isso?”

A universidade naquela época queria duas coisas: gerar um desenvolvedor pro mercado ou manter você dentro da academia, continue aqui, faça pós graduação, mestrado, doutorado e assim por diante. Você saia e não entendia como era o mercado de trabalho e como as coisas realmente funcionavam. Queria trabalhar, queria conhecer gente, conversar com gente, entender como as empresas funcionam, não queria ser um desenvolvedor. Veja bem meu caro ou minha cara, não quero descreditar o sonho de ser um excelente desenvolvedor, um excelente profissional técnico, mas esse não era o foco que eu queria pra minha carreira.

Desde sempre me interessei em bastante coisa, como dá para notar pela quantidade de cursos que tentei, sempre achei que se interessar em muitos assuntos iria ser interessante para o rumo que queria dar à minha carreira profissional, que para ter cargos gerenciais precisava entender de uma forma mais holística vários assuntos. Com o passar do tempo notei que o “se interessar” precisava se transformar em “o entender”. Esse foi um excelente passo, precisava entender como as coisas, os processos, as empresas funcionam, e as pessoas trabalhavam. Precisava estar próximo, não podia apenas sentar na minha cadeira, precisava escutar, enxergar e vivenciar.

Mesmo tendo essa ideia na cabeça acabou que virei um desenvolvedor, não de Java ou de .Net, mas de Business Intelligence. Olhei a longo prazo.

Como desenvolvedor precisava me sobressair por outros motivos que não técnicos. Não sou até hoje um dos melhores técnicos que o mercado vai encontrar, eu sabia e sei disso, então precisava utilizar a ferramenta que tinha a meu favor, comunicação, eu adoro conversar. O ato de falar e escutar é um dos maiores prazeres da minha vida. Então conversei, conversei com gerentes, diretores, donos de empresas, conheci várias áreas, vários setores e várias empresas, suguei o que podia de todos para saciar o meu objetivo principal.

Recentemente tive um insight, um dos maiores problemas das pessoas, empresas, processos, setores, de tudo que conversei durante anos era a COMUNICAÇÃO. Não que já não tivesse lido isso em livros e artigos, mas vivenciar isso no dia a dia foi o que me fez entender o que a teoria me dizia.

Sempre achei que o maior diferencial, aquele que iria fazer a mudança na minha carreira iria ser o conhecimento e entendimento vasto e disseminado, depois de anos notei que apesar dele ser de extrema valia, desde o início tinha em mãos a comunicação, um bem extremamente importante no mundo corporativo e excelente porta para o meu objetivo, e nunca aprimorei ou me utilizei da forma correta que deveria.

Algumas vezes no meio do caminho perdi o foco de onde queria chegar, hoje o foco está lá. Mantenho a ideia principal da necessidade de possuir um conhecimento holístico sobre a empresa, suas pessoas, processos e o mercado, assim como os pormenores de suas interligações. Porém adicionei ao carro que ando nesse caminho mais um acessório para me auxiliar, o aprimoramento daquilo que é natural, adicionar conhecimento técnico e me utilizar dele para conseguir chegar no que eu coloquei como foco a 10 anos atrás.

Vamos nos comunicar.

Não é uma história finalizada, é o caminho.

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