O Montanismo.
Conheço um ditado popular que diz que; "o mundo vai, vem, vira e volta". Isto vale para moda, costumes e claro para os movimentos religiosos. Este movimento é fortissimo na atualidade, mesmo sendo considerado uma heresia. Incluindo os movimentos carismáticos, pentecostais e neopentecostais, movimentos proféticos e apocalípticos, bebe um pouquinho neste movimento chamado montanismo. conheça um pouco deste.
O Montanismo foi um movimento religioso e profético que surgiu nos primeiros séculos do Cristianismo, por volta do final do século II d.C. O líder central desse movimento foi Montano, um profeta originário da região da Frígia, na Ásia Menor (atual Turquia). O movimento se espalhou principalmente na região da Ásia Menor, mas também encontrou seguidores em outras partes do Império Romano.
Montano afirmava ser um instrumento do Espírito Santo e anunciava a chegada iminente do Novo Reino de Deus. Ele alegava que o Espírito Santo estava se manifestando de maneira especial através dele e de duas mulheres profetisas, Priscila e Maximila. Essas profecias frequentemente incluíam previsões apocalípticas sobre o fim dos tempos e a necessidade de uma vida ascética rigorosa para se preparar para esse evento.
O Montanismo trouxe várias características distintivas
Ênfase na Profecia: Os montanistas acreditavam que o movimento representava uma nova era de revelação direta do Espírito Santo. Eles viam montano e as profetisas como portadores de mensagens divinas e consideravam suas profecias como autoritativas.
Rigorismo Ascético: O movimento enfatizava uma vida ascética extremamente rigorosa. Isso incluía práticas de jejum, abstinência sexual e outras formas de autonegação em preparação para a segunda vinda de Cristo.
Rejeição da Estrutura Eclesiástica Estabelecida: Os montanistas muitas vezes rejeitavam a autoridade dos bispos e clérigos estabelecidos, considerando-os como comprometidos com o mundo secular e afastados do verdadeiro caminho espiritual.
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Expectativa Apocalíptica: O Montanismo propagava uma visão apocalíptica futura, enfatizando o fim dos tempos, o juízo final e a chegada do Novo Reino de Deus. Acreditava-se que os montanistas seriam especialmente favorecidos nesse novo reino.
O Montanismo encontrou resistência por parte da Igreja institucional. Muitos líderes da igreja consideravam as profecias montanistas como excessivamente radicais e divergentes das crenças cristãs estabelecidas. O movimento também foi criticado por sua rejeição da autoridade eclesiástica e por suas reivindicações de revelação direta do Espírito Santo.
Com o tempo, a popularidade do Montanismo diminuiu e o movimento foi amplamente rejeitado pela Igreja. A partir do século IV, o Montanismo deixou de existir como uma corrente significativa no Cristianismo. Embora o movimento não tenha perdurado, ele teve um impacto na história da Igreja, desafiando as estruturas estabelecidas e destacando as tensões entre revelação direta e tradição.
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