O Mundo em um estado Pandêmico

É imperativo que o mundo não esperava, nem estava pronto para tamanho acontecimento: o surgimento de um estado pandêmico. Surge no final de 2019 um agente invisível, silencioso, mas com capacidade devastadora.

A História nos mostra que já ocorreram outras quatro pandemias ao longo dos anos. Foram elas: a Varíola, que segundo historiadores, perdurou por aproximadamente três mil anos, sendo erradica apenas no século passado. Também ocorreu a Peste bubônica em meados do século XIV. Na sequência, surge o cólera e mais recente a gripe espanhola.

Nos nossos dias, surgiu o vírus, doravante denominado “novo coronavírus”. Tal acontecimento, nos trouxe à vista, o quão é possível haver forças capazes de alterar e influenciar o ritmo natural dos acontecimentos. Acontecimentos esses, que direta ou indiretamente podem distorcer o caminho até então definido, não só para um sentido, mas de forma soberbamente avassaladora e em todas as direções de forma inimagináveis.

Não é precipitado dizer que o agora codificado como “COVID-19”, é algo que sem dúvidas, veio de forma discreta, silenciosa, porém, trazendo efeitos devastadores, independentemente da área por ele atingida. Seus efeitos são além de imprevisíveis, também cruéis, pois estão e poderão causar danos até agora, desconhecidos, tanto no campo da economia, saúde e sem dúvidas, também trará intercorrências nas abordagens no campo do ordenamento jurídico, isso naturalmente, em escala global. Assim, invariavelmente é correto falar que hoje, vivemos uma pandemia, que assola o globo terrestre, de forma incontestavelmente assustadora e ainda incontrolável.

Falar que haverá distorções nas relações ora celebradas, é o mesmo que falar em mutações, flexibilizações, acordos, ajustes e porque não falar em rupturas, pois nada será como havia sido proposto, ou previsto em meados de 2019. Sim, não bastou um ano, para que todos os prospectos até então chancelados, sofressem tamanha disfunção em seus textos, contextos e objetivos traçados.

O “novo coronavírus”, gerou uma situação sem precedentes, ele causou um episódio até então não visto num lapso temporal de um século. Tal fenômeno, já afeta de forma incontestável, vários segmentos, de forma que as pessoas, são atingidas das mais variadas maneiras. O agente, afetou a saúde física, mental, financeira, as relações comerciais, industriais, e em paralelo, é fonte para fomento de discussões e crises de cunho políticos partidária, isso, de cunho político partidário, que de fato é a pior possível. Pior!!

O estado que nos encontramos hoje, deve nos fazer refletir sobremaneira, nas relações ora pactuadas, uma vez que mais e mais pessoas, irão de alguma forma sofrer os impactos da atual conjuntura, sendo assim, é imperativo que haja um assistencialismo nesse sentido, pois seria ingênuo pensar que não haverá lesões à direitos líquidos e certos, e naturalmente, virá à tona a insegurança jurídica, pois teremos de forma acentuada, pessoas que atuarão de forma lasciva e procurarão se apoderar dessa situação, criando oportunidades de forma não tão dignas, para lesar direito alheio, e naturalmente, isso irá fazer com que operadores do direito e profissionais congêneres, venham a ser um instrumento de relevância, no sentido de suportar e impedir que tais lesões não se propaguem, assim como ocorre com o vírus.

No campo trabalhista, que naturalmente, se desenha como um dos mais atingidos, tamanha a vulnerabilidade, pois nesse sentido, de uma só forma, são atingidos empregados e empregadores, haja vista, um necessitar diretamente do outro. Aqui sem dúvidas, é um segmento dos que mais irão necessitar de um olhar crítico e sensível, pois não é possível, que vejamos apenas um lado da moeda, pois conforme dito, tanto empregado como empregador irão carecer de suporte para a transposição nesse momento de colapso, sim, é possível que chamemos de um colapso institucional, uma vez que praticamente não existe um campo ou segmento que não tenha sido alcançado por este momento pandêmico.

 Antonio Albuquerque.

MBA em Gestão Empresarial e Gestão de Projetos.

Graduando em Direito.


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