O mundo que vamos (co)construir

O mundo que vamos (co)construir

O mundo que vamos (co)construir

Você já imaginou como será sua vida daqui 10 anos?  

18% da população brasileira não tem acesso à internet. É isso o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2019, ou seja, cerca de 37 milhões de brasileiros não tem acesso à internet. Este número é igual ou superior a população de países como Polônia, Canada e Austrália.

Não se trata apenas de um problema de exclusão tecnológica. Atualmente, essa é uma questão de exclusão social, que precisa ser urgentemente corrigida. Não é novidade que o acesso à conexão e à informação são fundamentais para o desenvolvimento individual e coletivo. Atualmente, em especial, somos cada vez mais reféns da tecnologia.

Ao carregarmos conosco nossos aparelhos eletrônicos, nos conectamos a máquinas e a outras pessoas. À distância de um clique, instantaneamente estamos conectados a informações e notícias advindas de qualquer lugar do mundo (e, inclusive, de fora dele!).

Com tanta tecnologia, o mercado de trabalho tem sofrido grandes transformações. O professor e historiador Yuval Harari defende que estamos em um momento que não conseguimos saber quais serão as profissões daqui 30 anos. Muitas profissões serão extintas e novas aparecerão. A única certeza é que teremos que nos reinventar por toda a vida. Com a manutenção da desigualdade do acesso à informação e à tecnologia, Harari alerta para a constituição de uma nova “casta” de seres humanos, que ele denomina “casta dos inúteis”.

Ao imaginar o que está por vir, não temos certeza de muita coisa. Afinal, muito do que vem acontecendo agora não era previsto para nós, “pessoas comuns”, 5 anos atrás (embora muitos pesquisadores e futuristas já nos alertavam sobre os riscos de pandemias e a ascensão da tecnologia). Um bom ponto a observar é: o quanto estamos engajados com nosso futuro?

Tenho a esperança de que vamos entender, finalmente, que as coisas – incluindo as inovações digitais – são ferramentas, de devem evoluir para atender, cada vez mais, as necessidades da humanidade. Jamais o contrário. Tenho a fé de que nossas interações, físicas ou virtuais, serão instrumento para fortalecer o desenvolvimento humano, por meio da cooperação. Tenho o desejo, que seremos verdadeiramente capazes de construir o tão sonhado “mundo melhor”. Que seja breve!

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