"o mundo tem medo de mulheres extraordinárias"
No meu processo de amadurecimento e de conhecimento sobre assuntos como equidade de gênero, assimetria social e até feminismo, me pego pensando muitas vezes o quanto ainda tenho que aprender, antes de ontem mais especificamente no dia 07 de março, um dia antes do Dia Internacional da Mulher como sempre faço, iria separar uma frase para publicar no status do meu WhatsApp e em outras redes sociais exaltando a data e principalmente nos padrões do habitual, parabenizar as mulheres. Pois bem, para a minha surpresa, ao pedir ajuda da minha esposa para escolher uma frase, ela se recusou, pois assim como muitas, ela não concorda com a hipocrisia da data, confesso, na hora fiquei meio sem reação, porém mais tarde fiquei refletindo sobre isso e de fato, ao entender o seu ponto de vista ou nesse caso, tentar me imaginar na posição dela, acabei não publicando nada relacionado a data, afinal, temos realmente que felicita-las ou pedir desculpas? Temos que ouvir suas histórias ou fingir que está tudo bem? Temos que lhe dar rosas ou na prática entender que elas querem as mesmas oportunidades de trabalho e os mesmos salários pagos aos homens quando estão em uma mesma função? Poderia ficar aqui citando vários outros exemplos, mas a verdade é que fechamos os olhos diante de um país que ainda violenta tanto as mulheres no âmbito físico, sexual, no moral, no patrimonial, no psicológico e uma infinidade de agressões que muitas vezes ficam gravadas na alma e na história de cada uma delas. Pois é, anda temos tanto a aprender.
Por isso...
“nem todo mundo vai compreender
isso tudo que você é
o que não significa
que você deva se esconder
ou se calar
o mundo tem medo
de mulheres extraordinárias”
(Livro: Tudo nela brilha e queima, Ryane Leão)