O onboarding como combustível para melhores resultados
A chegada de um novo colaborador em uma empresa é um momento repleto de expectativas, não apenas por parte do profissional, mas também da própria organização. Ciente da importância dessa situação, o RH trabalha para que o integrante mais recente do time se sinta estimulado no novo ambiente e consiga aderir à cultura da empresa.
Uma maneira efetiva de promover as boas-vindas é através do onboarding, um processo que busca facilitar a adaptação à empresa, apresentar os valores e estimular a socialização com os novos colegas e gestores.
Um processo de admissão bem feito é fundamental para alcançar os resultados almejados dentro da companhia. Ao mesmo tempo que uma escolha equivocada pode representar prejuízo financeiro, gasto de tempo em treinamento e queda de produtividade.
Sendo assim, empresas que investem em estratégias de onboarding podem colher benefícios como, funcionários mais engajados, redução na taxa de evasão e aumento da produtividade.
Afinal, o que é onboarding?
Na prática, o onboarding é uma maneira de dar as boas-vindas ao novo colaborador. Além dos objetivos citados anteriormente, ele é importante para que exista um alinhamento de expectativas dentro da função que será executada, quais são as políticas da empresa e como funcionam algumas dinâmicas internas.
Mesmo que não exista uma regra de como deve ser feito esse processo, é muito comum que ele seja dividido nas seguintes etapas: orientação, supervisão, treinamento e acompanhamento.
Apesar do onboarding iniciar logo após a contratação, é fundamental que ele siga acontecendo durante o período de experiência do colaborador. Essa situação se torna ainda mais relevante quando se pensa em cargos estratégicos, como líderes e gestores.
Como realizar um onboarding efetivo?
A Society for Human Resource Management (SHRM) realizou um estudo sobre o tema, e apresentou características que podem tornar o onboarding mais efetivo, são os quatro C’s:
- Conformidade: explicar quais são as políticas básicas da empresa.
- Clareza: garantir que o colaborador compreenda suas responsabilidades, metas e expectativas sobre ele.
- Cultura: apresentar a cultura organizacional da companhia de forma teórica e prática.
- Conexão: realizar atividades que fomentem a conexão entre colaboradores, ajudando na construção de relacionamentos interpessoais.
Recomendados pelo LinkedIn
A maneira como os quatro C’s serão colocados em prática fica a cargo de cada empresa. Mas cabe ressaltar que a criatividade contribui no encantamento do colaborador, sendo um diferencial para que ele opte por permanecer no novo trabalho.
Um estudo apresentado pela Gallup, revela que até 67% dos funcionários de uma organização não estão bem engajados dentro das suas empresas. Ou seja, eles trabalham apenas fazendo o básico, estão dispostos a fornecer o seu tempo, mas não o seu esforço.
Diante desta realidade, um processo de onboarding estratégico colabora com o senso de pertencimento dos colaboradores e, consequentemente, melhora o engajamento dos profissionais. Processos de onboarding relâmpagos, que duram apenas 1 ou 2 dias, se mostram insuficientes e podem fazer com que colaboradores deixem a empresa em menos de 45 dias, segundo a Forbes.
Exemplos que fazem a diferença
Uma iniciativa que chama a atenção, inclusive recebendo diversas postagens no LinkedIn, são os chamados kits de onboarding. Neles, o colaborador recebe itens personalizados da empresa quem podem ser utilizados no trabalho ou dia a dia. Mas é preciso ir além, pesquisar novidades para o processo de inserção de um novo colaborador e adaptar possibilidades para sua empresa podem ser saídas interessantes.
Um bom exemplo é o que a OLX Brasil faz com os novos colaboradores. Um veterano é escolhido para receber os novatos, e o mesmo recebe a alcunha de “Yoda” (referência ao mestre Jedi da franquia Star Wars). Essa é uma excelente maneira de apresentar um pouco da cultura da empresa e deixar o ambiente leve e descontraído. Aqui é possível acompanhar um relato de uma colaboradora da OLXBr sobre como foi seu processo de onboarding.
O gestor próximo do novo colaborador é fundamental para que ele possa exercer uma influência direta e tornar a experiência de integração mais positiva.
Vivemos na era da tecnologia, então ela precisa estar inserida na hora do “Seja bem-vindo!”. A Workverse é uma empresa que modifica a experiência de novos colaboradores através da realidade virtual. A união da tecnologia e da criatividade, combinada com os sentidos das pessoas, permite que empresas apresentem sua cultura e valores de maneira única e personalizada. O resultado dessa combinação são processos de recrutamento mais curtos e colaboradores mais motivados e engajados.
A importância do gestor no processo
A presença do gestor auxilia no engajamento do colaborador, e também passa a confiança necessária para que ele desempenhe suas funções de maneira fluída e natural.
A manutenção de feedbacks e avaliações de desempenho, combinados com o mapeamento do perfil comportamental, são ferramentas que permitem que gestores e lideranças ofereçam oportunidades para que o novo colaborador desenvolva todo seu potencial.
O acompanhamento do gestor permite uma melhoria contínua, facilitando a resolução de contratempos, reduzindo desconfortos no relacionamento com a equipe e proporcionando otimização do desempenho.
Além dos processos tradicionais, celebrações ao atingir metas, criação de projetos entre diferentes equipes e atividades fora do ambiente de trabalho colaboram com o aumento no nível de pertencimento.
Se você já teve uma experiência de onboarding memorável, compartilhe nos comentários! A troca de ideias permite que mais pessoas possam inovar e alcançar melhores resultados colocando o colaborador em foco.