O Papa Francisco fez questão de mandar o seu recado ao Brasil pós-impeachment
Apesar da história da Igreja Católica e de seus líderes principais - os Papas - não ter passado incólume através dos milênios na existência humana, é algo inegável que o atual #Papa Francisco conseguiu “catequizar” ou mesmo atrair a simpatia de milhões de pessoas ao redor do mundo, algo que não acontece desde João Paulo II, o papa polonês que marcou toda uma época.
Sendo assim, a imprensa e a opinião pública mundial ficam de ouvidos atentos no que o Papa tem a dizer sobre assuntos que envolvem o norte dos países e da sociedade global como um todo. Diante do conturbado momento político-social que o Brasil atravessa, o mesmo Papa Francisco conseguiu, de modo bastante simples, enviar um recado ao país gigante da América Latina e ao seu povo.
Por ocasião da inauguração de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida nos jardins do Palácio do Vaticano, Francisco fez questão de sinalizar a todos que lá estavam presentes, que a imagem da padroeira católica do Brasil foi içada à tona do rio Paraíba do Sul por humildes pescadores e desse modo, o papa almeja que a “santa” católica possa olha com atenção especial para todas as pessoas no Brasil que carecem de trabalho, centros de ensino ou escolas e que também que a Virgem Maria possa cuidar das pessoas que nesse momento, no Brasil, estejam desprovidas de dignidade, conforme reiterou o jornalista brasileiro Fernando Brito.
Independente do vínculo e formação religiosos de cada um, as palavras de Francisco no encontro do Vaticano são no mínimo comoventes, pois ele convidou as pessoas a rezar para que Maria, a mãe do Cristo, “continue protegendo todo o Brasil, todo o povo brasileiro, neste momento triste. Que ela proteja os pobres, os descartados, os idosos abandonados, os meninos de rua”. Francisco rezou ainda pedindo que a santa católica continuasse a proteger os parias da sociedade nacional e a todos aqueles que estão cativos nas mãos de todas as espécies de exploradores; enfim, que Maria salvasse o povo do Brasil por meio da justiça social e do “amor de seu Filho, Jesus Cristo”, complementa a autoridade papal.
De forma resumida, pode ser dito que o impeachment da presidente eleita com mais de 54 milhões de votos, Dilma Rousseff, é algo que ainda não foi digerido por muitos representantes de peso de diferentes segmentos, inclusive o religioso, ao redor do planeta, e pelo que tudo indica, inclusive pelo Papa Francisco, que vê com ressalvas a participação de alguns cardeais católicos na política diante do novo governo de Michel Temer.