O PAPEL DO LÍDER NA GESTÃO DE PESSOAS

A semana que passou foi uma semana diferente e intensa. Fizemos uma imersão com parte da empresa, foi a nossa Convenção Nacional de Vendas 2017.

São muitas as lições e fundamentalmente os fatos que compõem a necessidade de fazer algo novo, porque uma coisa é ouvir falar a outra é viver intensamente no olho do furacão do mundo empresarial.

Ninguém tem mais dúvidas de que o único capital ativo de uma organização é gente, pessoas, seres humanos.

Assim sendo, se eles estão conectados com o mundo real, tudo fica mais fácil, mas caso contrário, as empresas passam a retirar uma senha de acesso a um perigoso game, que nunca tem final feliz.

As pessoas estão sendo contratadas por habilidades, o que é um erro enorme, uma vez que habilidades são pacotes disponíveis no mercado, que permitem seu desenvolvimento.

A questão está em como aplicar este software recentemente adquirido. É compatível com o seu sistema? A resposta está na ancoragem moderna da contratação de pessoas.

Nunca por habilidade isoladamente.

Habilidade e fundamentalmente personalidade.

Habilidade se ensina, personalidade é a compatibilidade.

Personalidade é o diferencial.

É o que vai tornar o executivo um profissional de sucesso.

Ou é ou não é.

Imagine uma pessoa que dedicou grande parte da sua vida ao desenvolvimento de habilidades em artes marciais, por exemplo, o Karatê.

Anos de treinamento, golpes repetitivamente aplicados, litros de suor, desgaste físico, exames de faixas, muito treino mesmo, até adquirir muita habilidade.

Recebi a faixa preta que ótimo. Agora vou lutar e competir de verdade.

O que podemos esperar dessa pessoa? Vitórias? Racionalmente sim.

Agora compare o karateca a você.

Quanto tempo e quanto recurso foi destinado a sua formação educacional? Colégio, cursos, faculdade, idiomas, pós graduação, MBA...

Bem, você completou tudo isso e recebeu a faixa preta também. Então vamos literalmente à luta, porque habilidade não falta.

Até aí, tudo parece tão lógico que parece até fácil, matemático, previsível. Só que de nada adianta o melhor computador do mundo com a pior conexão do mundo. Conectividade, esta é a palavra chave!

Os líderes precisam subir com o pé muito firme o primeiro degrau da escada. Achar o equilíbrio entre personalidade e habilidade é o segredo para o link da conexão.

Selecionar raridades é a mola mestra para o pleno exercício de quem o líder pretende liderar.

Imagine o nosso amigo karateca, com a sua recente faixa preta, enfrentando os adversários sem alguns traços de personalidade:

Concentração

Foco

Disciplina

Determinação

Coragem

Espírito de luta

Agora imagine o nosso amigo, o jovem executivo, ingressando no mercado de trabalho, depois de angariar tantas habilidades, quanto o tamanho da parede do seu quarto permitiu de molduras e quadros.

Sem criatividade, espírito de equipe, liderança, comprometimento e envolvimento, onde será que ele vai?

E, pior, quanto tempo ele vai dedicar da sua jornada buscando a resposta para o fracasso.

Buscando alguma coisa que faltou na parede, algum diploma, alguma competência ou habilidade...

Os líderes precisam investir mais na fundação do prédio do que no acabamento. As empresas de sucesso têm um diferencial competitivo muito claro.

Sua essência, seu propósito. Sua liderança.

E, isso é construído por pessoas e lapidado pelo tempo, que pode jogar a favor ou contra.

Desde que você comande as suas ações, o tempo sempre jogará a seu favor.

Idéias sem ação. Planos sem execução. Transpiração sem inspiração. Resultados sem gestão. Pessoas juntas sem união. Tudo isso é falta de Liderança.

A resposta para a demora na chegada do sucesso ou a velocidade da proximidade do fracasso está adesivada nestes itens.

E, acredite, está piscando com luzes néon, mas a ansiedade e a pressão pelo sucesso é tão grande que normalmente nossa capacidade de análise fica prejudicada.

As imagens ficam turvas e o caminho nublado. Aí entra o verdadeiro líder.

Aquele que constrói cenários, que antevê uma jogada e que tem como diferencial a leitura clara e objetiva da engenharia humana.

Percebo que as pessoas estão mecanizadas em busca do ideal, esquecendo que o bom faz parte do jogo.

É aquele caçador que sai em busca da grande caçada durante dias e passa inúmeras vezes por alvos fáceis, mas despreza na expectativa do tiro certo, do alvo perfeito e do dinossauro que um dia ele acredita que vai aparecer.

Num mundo competitivo as pessoas não estão mais matando um leão por dia para sobreviver.

Primeiro você tem que encontrar o leão, é diferente. Isto significa estar conectado.

Em tempo de guerra você precisa de um bom general, mas existem generais de guerra e de paz.

Aquele que fica no quartel, dá velocidade no mundo burocrático e mantém tudo na mais perfeita ordem. Este general não vai ajudar muito em tempos de guerra.

Você vai precisar de alguém com experiência em combate, com espírito de guerreiro que incendeie a tropa, fazendo com que eles produzam muito mais do que o possível.

Por melhor que seja a sua capacidade de liderar pessoas e processos, nada será possível sem a dimensão exata de quem e quanto de cada um pode ser lapidado.

É meu amigo, liderança ainda não se vende pela internet, tem que desenvolver mesmo!