O paradoxo do acelerar e desacelerar

O paradoxo do acelerar e desacelerar

Vivemos em um tempo de mudanças. Um momento conhecido como a "Era das Mudanças Exponenciais" puxada por rápidos avanços, principalmente tecnológico, e uma busca incessante por eficiência, produtividade, agilidade, mais e mais progresso o tempo todo.

Muitos mudaram seus relógios biológicos, correm contra o tempo para acertar seus ponteiros da rotina e se desdobram para encaixar as demandas que parecem brotar com toda a exigência desse mundo acelerado. Uma busca incessante por mais. Para chegar aonde? A troco de quê?

Comunicamos mais, produzimos mais, vendemos mais, compramos mais, aprendemos mais, compartilhamos mais, sabemos mais e… aproveitamos menos. Qual é o limite que temos colocado para nós mesmos como seres simplesmente humanos e não robóticos? E dentro de cada um de nós cresce um desejo genuíno de gritar: “Pára o mundo que eu quero descer!”. 

No contraponto, um outro movimento começa a surgir aos poucos, de forma mais singela e tímida para refletir exatamente o que a sua própria abordagem traz - o desacelerar -, como forma de tentar resolver ou pelo menos diminuir essa tensão criada.

A tônica ditada é outra: o respirar, sentir e andar devagar, aliados à uma busca pela simplicidade e o menos. Na qual cresce o valor do lazer, do descanso, do autocuidado, a atenção plena no momento - por exemplo, nesse texto que você está lendo nesse exato momento - e não no furacão que parece puxarmos às vezes para até fora de nós mesmos.

Pode e ainda vai parecer loucura para muita gente isso aqui. Tudo que é novo, extremo e sai do lugar comum causa desconforto inicial. Não é mesmo?! E nós seres humanos no pegamos mais uma vez entre esses movimentos tentando segurar nossos pratos e nos encontrar descobrindo qual lado desse barco é preciso estar.

Lado nenhum eu diria. O que cada um aqui pode buscar é o seu assento do meio. Aquele no qual você consegue equilibrar os vários aspectos da sua vida em uma caminhada de constante aceleração e desaceleração.

Mas como encontrar esse lugar então? O assento do equilíbrio pode variar para cada tripulante desse barco, mas dois componentes são essenciais para te guiar nessa busca: sua consciência e seus próprios limites.

Esteja consciente de quatro importantes fatores:

  • quem você é;
  • o que você quer;
  • onde você quer chegar;
  • a que custo vale a pena para você estar lá.

Siga o constante movimento da vida, sem atropelar seu ritmo natural. Abrace o desacelerar quando e onde precisar.

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