O Poder Da Alfabetização Emocional
Decididamente, a emoção, é um motor efetivamente mais poderoso, e deveras potente, que habilmente, movimenta o sentimento, que dá vazão a toda essa realidade pungente, apresentada sobre a corda bamba de nossa linearidade, enquanto dita o movimento de cada peça, que, estrategicamente, movimenta o nosso disputado xadrez sociocultural.
Sendo assim, quem controla esse motor, também controla os criadores da realidade, que, por acaso, vem a ser exatamente, todos nós. Ou seja, não é por mero acaso, que o pornográfico patrocínio dessa hollywoodiana campanha de medo, que vem sendo diuturnamente apresentada através das grandes produções cinematográficas, trazendo filmes de terror, filmes apocalíticos, filmes de ação, de zumbis, de vampiros, desastres naturais e afins; venha sendo uma campanha profusamente promovida, de forma indiscriminada, desde o nosso berço.
O noticiário de medo, é fato recorrente e contínuo, com a mídia endossando compulsivamente, esse Estado de terror que acua o cidadão amedrontado por conta dessa cultura de insegurança, meticulosamente programada e instalada pelo establishiment. Evidentemente, fica explícito, que, quem controla a emoção, controla todo o universo; este é um fato notório e público.
Entretanto, para ser possível intervir nessa macabra conjuntura, se faz cogente haver o mínimo de curiosidade e o máximo de insatisfação, a fim de nos levar a pesquisar, fazendo uso do discernimento para investigar documentos históricos, tais como as cartas de Willian Lynch, que descreve meticulosamente esse sinistro método, que fora intensamente utilizado, para efetivar a escravização melanodérmica.
Portanto, torna-se evidente a percepção de que, deu-se a modernização da famigerada chibata, fartamente usada no antigo pelourinho; transformada agora, num fascinante chicote midiático.
Ou seja, sabemos, quem continua a dominar quem, e sabemos também, que, exatamente como ocorria no passado; atualmente, a massa, não têm a mínima noção de sua condição de escravizados mentais; visto que, ainda ressoam no medo herdado através da epigenética.
Sendo assim, com o nosso subjetivo sequestrado; tendo, logo a seguir, contraído a síndrome de Estocolmo; cultivamos a necessidade, de ter alguém que nos indique a direção a ser seguida; ainda precisamos de salvadores da pátria; precisamos de Ordem e Progresso, e ainda não sabemos como fazer as nossas próprias escolhas sozinhos, pois, necessitamos que alguém aguce as nossas emoções; seja quem for.
Ou seja, ainda não amadurecemos o suficiente para sermos donos de nossas próprias emoções; consequentemente, todas as nossas reações são condicionadas e previsíveis.
Assim sendo, com as nossas emoções aguçadas por outrem, não conseguimos sair dessa conjecturada solidão; fato este, que nos faz procurar sentir o movimento da vida, somente através do patrocínio emotivo.
Contudo, trata-se de uma vida holográfica, gerenciada por um sistema administrado pelo Estado, pela igreja, e, por extensão; pela família, amigos, marido, mulher e amigos; pois, são estes atores, que movimentam e dominam as nossas emoções.
Ou seja, podemos nos considerar, como analfabetos emocionais, visto que, as nossas relações, são análogos aos ditados devidamente copiados da lousa de uma escolinha; desse jardim de infância, que lida somente com pequeninos birrentos, que disputam espaço, brigando por brinquedos, dentro desse parquinho localizado em meio a grande escola da vida.
Consequentemente, estamos sempre prontos para atacar a quem nos desagradar, e sempre dispostos a desgostar de quem, conosco não concordar. Ou seja, ainda somos incapazes de perceber, de sentir, e de reconhecer as nossas próprias emoções; visto que, é bem mais fácil, nos deixarmos, ser levados de roldão por elas.
Deste modo, ocultamos em nossas trevas, as emoções assimiladas dos púlpitos medievais, que, ainda hoje, arrastamos sobre esse átrio de culpas e vergonhas programadas, a fim de acionarmos, diante de quaisquer sinais de discordâncias, desacertos e desafetos, que abalem o nosso emocional.
Desta forma, caminhamos pela vida, emocionalmente instáveis, com todas as nossas reações condicionadas, e devidamente programadas; perseguindo, assim como o jumento da fábula; uma cenoura, pendurada na ponta de um metafórico anzol.
Evidentemente, imaginamos que pensamos, aquilo que pensamos; e que sentimos realmente, aquilo que sentimos; sem, no entanto, perceber a manipulação mental, a qual somos diuturnamente submetidos, enquanto somos conduzidos pelo sistema financista-religioso-midiático, que administra o Estado Profundo.
Resumindo: somos o combustível desse sistema, que se retroalimenta através das nossas emoções. Ou seja, quando sentimos a emoção do medo, o Estado oferece a devida segurança psicológica que o caso carece; e, se sentimos carência afetiva, a mídia nos alimenta com o seu fúnebre romantismo de Tristão e Isolda; se nos sentimos desamparados, a religião nos cobre com suas divinas promessas de um paraíso pós-morte; e assim, a nossa escravidão psicológica é diuturnamente nutrida, enquanto nos distraímos com discutições, debates e julgamentos criticando nossos pares que pensam diferente, seguindo à risca o manual de Willy Lynch.
Consequentemente, podemos inferir, que, as emoções, são blocos construtores de sentimentos, com os quais, configuramos toda a nossa realidade imediata, e, principalmente, póstuma. Ou seja, se não somos efetivamente donos de nossas próprias emoções; a nossa realidade, passa a ser controlada, justamente por aqueles que as provocam.
Deste modo, cedemos nosso poder aos nossos companheiros e companheiras de jornada, além dos chefes, pastores, políticos, professores, terapeutas e gurus. Portanto, estamos fatalmente a mercê dos arroubos e surtos emocionais que se irrompem, quando provocados pela imagética construcional, já que escolhemos não ter o devido controle sobre a frequência vibracional, que gera toda essa poderosa energia apocalíptica, com a qual destruímos o nosso próprio mundo, protagonizando uma guerra por procuração, travada contra nós mesmos.