O poder da zona de (des)conforto
Rubem Alves certa vez disse que "ostra feliz não faz pérola". De fato, não a faz.
Para uma pérola existir é necessário que um grão de areia (ou outro invasor) entre na ostra e a incomode.
Esse desconforto faz com que a ostra, ora infeliz, produza meios de tornar aquela 'areinha' em algo que a incomode menos...então a ostra começa a ativar seu mecanismo de defesa...começa a liberar nácar e vai envolvendo a areia nessa substância. Depois de algum tempo, surge a pérola.
Da mesma maneira, isso acontece na nossa vida. Só mudamos e decidimos virar a mesa quando algo nos incomoda. Quando surge aquela 'areinha'...e podemos, então, decidir: sofrer ou transformar aquilo em uma oportunidade de criar algo valioso...
De tempos em tempos surge a 'areinha' na minha vida e tenho uma vontade louca de dar uma reviravolta na minha vida. E descobri que isso não acontece somente comigo, observei que muitas pessoas tem um período similar para desejar uma mudança...lógico que em situações diferentes e em tempos distintos. Mas, assim como eu, a cada 3 anos algo começa a incomodar.
Talvez a falta de novos desafios, nossa comodidade que incomoda, o tédio e a inquietação surgem e a vontade de ir para o próximo nível aumenta! Então, a zona de conforto se torna zona de DESconforto. Algo incomoda. A areia incomoda e eis que fica claro que há um chamado.
Sim. Dá medo, porque algo totalmente diferente vai acontecer, ficamos inseguras: "será que damos conta?", "e se der errado?" Depois entendemos que não há erros. Há aprendizado. Não há fracasso. Há resultados. Fica claro que o que somos hoje e tudo que aprendemos precisa de um upgrade.
"O que nos trouxe até aqui não garante que possamos ir para o próximo nível". Novos aprendizados, livros diferentes, pensar fora da caixa, novo círculo de influência.
Daí percebemos que nossas metas podem ser mais ousadas, que nosso poder de transformação é proporcional ao nosso poder de ação e a jornada vai ficando mais interessante. Mais empolgante. Vamos evoluindo. Ficamos mais fortes.
Até que um dia (depois de 3 anos, se o padrão repetir) nos encontramos de novo na zona de conforto e a jornada recomeça...mas será outra versão...novas ambições...um nível ainda maior.
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4 aAndreza, nós temos uma tendência perigosa de fazer o que é fácil, cômodo e conhecido. Ainda bem que a zona de conforto vira desconforto, nos dando a oportunidade de melhorar e viver algo diferente. Eu adoro aquela sensação de "frio na barriga de fazer algo novo", mesmo que sentindo um medo enorme, muitas vezes.
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4 aAndreza Silva estar atento é importante pra não cair nessa zona e num padrão. Afinal a nossa missão é evoluir a cada dia em nossa existência. Não é mesmo?