O PODER DAS PALAVRAS
Para que servem as palavras?
Uma, de tantas as respostas que podem ser dadas, é que as palavras servem para a comunicação entre pessoas.
Portanto, quanto mais clara for a forma do falar, melhor será o seu resultado.
A palavra comunicação tem sua raiz no latim communicatio, ideia de tornar comum, que deriva de communis, dos sufixos -ica que indica estar em relação, e -ção que indica ação. Logo, comunicação é a ação que tem como objetivo tornar comum uma ideia ou mensagem.
Para a Programação Neurolinguistica (PNL), considerada a ciência da excelência, as palavras são como programas que rodam na mente e geram resultados. O cérebro é o hardware e as palavras são os softwares.
“Comunicação é antes um processo, um acontecimento, um encontro feliz, o momento mágico entre duas intencionalidades”.
Quando as palavras comunicam a intenção, a magia acontece.
É maravilhoso, ver, ouvir e sentir esta mágica em contextos profissionais, familiares, amorosos ou sociais.
Por outro lado, o uso inadequado das palavras enfraquece, distorce ou até mesmo destrói esta arte. Quantas vezes você já viu ou ouviu alguém dizer: -
Na verdade, o que eu queria dizer era... Você não entendeu o que eu disse... Muitas vezes o conflito já se instalou e é tarde demais para manter a harmonia do objetivo original.
A responsabilidade da comunicação é de quem comunica. O como falar é o que faz a diferença para tornar a comunicação conflitante ou eficaz.
Compartilho aqui sugestões no uso de duas palavras muito comuns: “Gostaria” e “Não”, elas podem mudar o rumo de muitas histórias. Por exemplo, a palavra “gostaria”, pressupõe um impedimento.
Imagina alguém dizendo a seguinte frase: - Eu gostaria de lhe agradecer por ler este texto. Instantaneamente surge um diálogo interno: - Então, agradeça. Ou perguntas internas como: - O que te impede de agradecer? – Quando vai agradecer? – Experimente, então, imaginar o som da frase: - Agradeço a sua atenção em ler esse texto.
A experiência interna é diferente, pois acontece o processamento neurológico do agradecimento e a mensagem torna-se mais eficaz.
Vejamos alguns exemplos com a palavra “Não”.
Não pense em um elefante rosa de bolinhas lilases. Pronto! É suficiente para imaginar o elefante rosa e de bolinhas lilases. Isso acontece porque o “Não” funciona como um comando hipnótico que direciona o cérebro a pensar justamente naquilo que está sendo negado.
É como se fosse uma programação para o que vem depois do não, ou um processamento adicional para buscar o sim.
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Já imaginou dirigir num lugar desconhecido e se direcionar por um GPS com os seguintes comandos: “Não vire à direita, não vire à esquerda, não siga em frente... “Seria uma confusão, não é mesmo?
Ainda bem que os GPS costumam ter uma linguagem assertiva: Vire à direita, vire à esquerda e siga em frente. Muitas pessoas estão acostumadas a dizer o que não querem e isso pode limitar o alcance de seus objetivos.
Uma forma interessante para gerar o foco e ações é se perguntar: quando digo “não” para isso, quero dizer “sim” para quê? Por exemplo: - Não se atrase para a reunião. Troque por: - Chegue no horário. - Não quero me irritar! Substitua por: - Quero gerenciar minha inteligência emocional. - Não vamos perder negócios, por: - Queremos fazer negócios. - Não quero sofrer, por: - Quero ser feliz!
Lembre-se de que quando encontrar um “não” numa experiência, busque o “sim” ou os “sins”.
Quando um profissional desempregado ao passar por um processo seletivo recebe um “não”, a pessoa continua sem trabalho.
Nada mudou.
Nada?
Claro que sim, basta buscá-los.
Normalmente existem novas percepções e aprendizados para o “sim” que está por vir. O “não” nada tira de você, pense nisso!
O que afinal faz muitas pessoas frustrarem-se com o “não”? As representações internas dos milhares de “nãos” registrados e suas cargas emocionais acumuladas ao longo da vida.
Então, diante de um “não”, inconscientemente somos remetidos a significados de rejeições passadas.
Somente na infância recebemos mais de um milhão de “nãos” e registramos sentimentos primários como medo, tristeza ou raiva pelo simples fato de desconhecer os “sins”.
Vale comparar o registro de Moisés no Antigo Testamento da Bíblia ao comunicar os mandamentos das Leis de Deus com o Novo Testamento de Jesus. Moisés: - Não matarás, não furtarás, não... não... não... não... não... não... não... não... não!!! Jesus: Amarás a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.
Pelos ensinamentos deixados pelo maior líder de todos os tempos, pelas descobertas da ciência, pela arte de viver e pelos mistérios da vida.
Vale a pena focar naquilo que se deseja para facilitar a beleza da vida. Foco é como a mais bela flor que encanta o jardim do seu bem-estar e daqueles que compartilham da vida com você.
Silvia Araújo